Medicamentos podem ficar mais caros

Medicamentos podem ficar mais caros
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Os medicamentos genéricos podem ficar mais caros e começar a faltar. Tudo porque os custos de produção estão mais elevados, devido à inflação.

O alerta é da Associação portuguesa de Genéricos e Biossimilares. Devido aos elevados custos de produção agravados pela inflação, o preço dos medicamentos genéricos pode aumentar e os fármacos podem começar a faltar tanto nos hospitais como nas farmácias portuguesas.

Em entrevista ao jornal Expresso, a associação explica que já há fabricantes que estão a retirar medicamentos essenciais do mercado por já estarem a perder dinheiro. Estas empresas consideram que o preço que o estado paga não compensa os custos de produção.

A inflação está a afetar praticamente todos os setores e o farmacêutico também começa a sentir dificuldades com a subida dos custos da energia, das matérias-primas e dos equipamentos.

A Associação portuguesa de Genéricos e Biossimilares defende que a contribuição extraordinária sobre a indústria farmacêutica nos medicamentos hospitalares, prevista no Orçamento do Estado para 2023, baixe de 14,3% para os 2,5%.

No mercado ambulatório, ou seja nas farmácias, há uma discriminação positiva para os medicamentos genéricos, onde a taxa já é de 2,5%. No mercado hospitalar todos os medicamentos pagam 14,3%.

Em outubro, o Ministério da Saúde já tinha admitido que os preços dos medicamentos podiam sofrer uma revisão, assim como as comparticipações mas, para já, ainda não há mais informações.