PUB
Notícias Portugal Medidas apresentadas pelo Ministério da Educação abrangem 60 mil professores

Medidas apresentadas pelo Ministério da Educação abrangem 60 mil professores

Professores continuam acampados junto ao Ministério da Educação
Lusa

Ministério propõe fim das vagas de acesso aos 5º e 7º escalões da carreira.

O ministro da Educação anunciou hoje que as medidas apresentadas aos sindicatos sobre o fim de vagas de acesso aos 5.º e 7.º escalões da carreira docente vão abranger “no imediato 60 mil professores”.

“A proposta que apresentamos hoje às organizações sindicais visa acelerar a carreira destes professores que viram as suas carreiras mais prejudicadas pelo efeito do congelamento. É uma proposta que acresce à solução que já apresentamos para a ‘desprecarização’ dos professores contratados. Estamos a olhar para o segmento dos professores mais afetados”, disse aos jornalistas João Costa, no final de mais uma reunião de negociações com os sindicatos dos professores.

O ministro avançou que estas medidas “vão abranger no imediato 60 mil professores, para além daqueles que são afetados pela precariedade”.

O Governo propõe a “recuperação do tempo em que os docentes ficaram a aguardar vaga no quarto e no sexto escalões a partir do ano de descongelamento”, passando a existir “isenção de vagas de acesso aos quinto e sétimo escalões para todos os professores posicionados entre o primeiro e o sexto escalão”.

A proposta do Ministério da Educação refere ainda que passa a existir “redução de um ano na duração do escalão para os docentes que estão num escalão superior ao 6.º e que não tenham ficado a aguardar vaga de acesso aos 5.º e 7.º escalões”.

“As medidas que propusemos são para os professores que estiveram em funções desde 2005, prever a isenção de vagas de acesso para a passagem para o 5º e 7º escalões, para aqueles que ficaram parados à espera de vaga […] e para aqueles professores que já estavam posicionados em pontos mais altos da carreira aquilo que propusemos foi a redução de um ano no escalão em que se encontra”, disse João Costa.

O ministro sustentou que a medida proposta “corresponde aos limites orçamentais”, num valor de 161 milhões de euros, a que acrescem cerca de 140 milhões de euros previstos para o reposicionamento e vinculação de professores contratados.

Segundo o Ministério da Educação, o fim das vagas de acesso aos 5º e 7º escalões da carreira são “apenas para os docentes em funções desde 30 de agosto de 2005 e com nove anos, quatro meses e 18 dias de congelamento e que cumpram os requisitos para progressão (ou seja, os que passaram pelos dois períodos de congelamento – entre 2005 e 2007 e depois entre 2011 e 2017)”.

João Costa afirmou ainda que ficou uma nova reunião marcada com os sindicatos dos professores para 05 de abril.

Na reunião estivera também em debate, segundo o ministro, a monodocência, a questão das tarefas burocráticas e a intenção do Governo em regularização a situação dos técnicos especializados das escolas.

Em 2019, os professores recuperaram dois anos, nove meses e 18 dias e agora reivindicam a recuperação dos restantes seis anos, seis meses e 23 dias.

Quanto às vagas de acesso aos 5.º e 7.º escalões, os sindicatos têm exigido a eliminação para todos os professores, o que não é o caso com esta proposta.

Exit mobile version