Ministro da Defesa diz que factos que levaram a morte de agente serão apurados

Ministro da Defesa diz que factos que levaram a morte de agente serão apurados
Lusa

Fábio Guerra morreu hoje devido às “graves lesões cerebrais”.

O ministro da Defesa Nacional disse hoje que os factos que conduziram à morte de um agente da PSP e que envolvem dois fuzileiros da Marinha “serão apurados e imputados” a quem agiu ao arrepio da lei.

“Os factos deste trágico evento serão apurados e imputados a quem tenha agido ao arrepio da lei e dos valores militares como a honra e a disciplina”, escreveu João Gomes Cravinho na rede social Twitter, lamentando a morte de Fábio Guerra, que foi “vítima de brutal agressão”.

O ministro da Defesa também expressou as “sentidas condolências” à família e amigos do agente, assim como à Direção Nacional da PSP.

O agente Fábio Guerra morreu hoje devido às “graves lesões cerebrais” sofridas na sequência das agressões de que foi alvo na madrugada de sábado no exterior de uma discoteca de Lisboa, confirmou a direção nacional da PSP.

Em comunicado, a PSP informa que o agente, de 27 anos, morreu pelas 09:58 no Hospital de São José, em Lisboa.

No domingo, a Marinha Portuguesa revelou que dois fuzileiros estão a responder a um inquérito interno e “à disposição das autoridades” para as investigações sobre os acontecimentos que conduziram à agressão de quatro polícias no exterior de uma discoteca em Lisboa.

Em comunicado, a Marinha referiu que, no sábado, “dois militares, do regime de contrato, da classe de Fuzileiros, envolveram-se nos confrontos que ocorreram na madrugada desse mesmo dia, na via pública, junto de um espaço noturno, em Lisboa, tendo posteriormente informado as respetivas chefias” do sucedido.

A Marinha acrescentou que mandou os dois militares apresentarem-se na respetiva unidade, “onde se encontram a responder a um inquérito interno e à disposição das autoridades policiais para as devidas investigações”.

Os outros três agentes da PSP agredidos junto à discoteca MOME, na Avenida 24 de Julho, tiveram sábado alta do hospital e prestaram declarações à PJ, que está a investigar o caso, disse à Lusa fonte ligada à PSP.

Em comunicado divulgado no sábado, a PSP referia que o incidente ocorreu pelas 06:30 desse dia “no exterior de um estabelecimento de diversão noturna” e começou “com agressões mútuas entre vários cidadãos”.

Segundo relata a PSP, no local encontravam-se “quatro polícias, fora de serviço, que imediatamente intervieram, como era sua obrigação legal”, acabando por ser agredidos “violentamente” por um dos grupos.