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Mulheres entre os 20 e os 24 anos foram quem mais recorreu à IVG

Mulheres entre os 20 e os 24 anos foram quem mais recorreu à IVG
© Envato

Estudo incide sobre os dados mais recentes (2022) e compara-os com os dos anos anteriores.

Uma em cada quatro mulheres que interrompeu voluntariamente a gravidez em 2022 tinha entre os 20 e os 24 anos, revela um relatório da DGS, que aponta um aumento de 15% no número de abortos realizados face a 2021.

Segundo o ‘Relatório de Análise dos Registos das Interrupções da Gravidez 2022‘, da Direção-Geral da Saúde, hoje divulgado, foram realizadas 15 870 interrupções da gravidez a pedido da mulher nas primeiras 10 semanas em 2022, “números que traduzem um aumento de 15% face a 2021 e que estão em linha com a tendência verificada noutros países da União Europeia”.

Os dados apontam que o grupo etário entre os 20 e os 24 anos foi o que recorreu mais à interrupção voluntária da gravidez (IVG), totalizando 25,3%, seguindo-se o grupo dos 25 aos 29 anos (23,7%) e a dos 30 aos 34 anos (20,1%), correspondendo a cerca de 69% do total.

A percentagem de IVG em mulheres com menos de 20 anos tem vindo a diminuir ligeiramente, baixando de 10,8% em 2013, para 8,6% em 2022. À semelhança de anos anteriores, a mediana de idade da mulher manteve-se nos 28 anos.

“O número de mulheres não portuguesas a interromper a gravidez por opção tem aumentado ligeiramente (28,9% em 2022, 25,9% em 2021 e 24,6% em 2020), em consonância com o aumento de mulheres estrangeiras a residir em Portugal”, refere o documento.

A maioria das IVG continuam a realizar-se no Serviço Nacional de Saúde (68,6%), sendo o procedimento mais utilizado nestas unidades o medicamentoso (98,9%) e, no privado, continuou a ser o cirúrgico (95,3%).

A DGS adianta que o tempo médio de espera entre a consulta prévia e a realização da IVG por opção da mulher foi de 6,4 dias (com uma mediana de cinco dias) e a idade gestacional mediana de interrupção manteve-se nas sete semanas.

“O tempo médio de espera para a consulta prévia foi de 2,88 dias, com uma mediana de 1”, refere, ressalvando que a espera em dias até à consulta prévia pode não refletir o tempo real entre o primeiro momento de procura ativa de cuidados por parte da mulher e a referida consulta, uma vez que o registo é efetuado pela unidade que realiza o procedimento e não por aquela que faz o encaminhamento (no caso de não realizar IVG), o que poderá não ser coincidente.

Em 2022, Lisboa e Vale do Tejo continuou a ser a região onde se realizaram mais IVG, mas, apesar de representar 58,9% do total das IVG, verificou-se que 3,1% das mulheres não residiam nesta área.

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