Pais de bebé que morreu no Algarve querem respostas

Pais de bebé que morreu no Algarve querem respostas
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Menino de 11 meses morreu ao fim de seis horas de espera por uma transferência hospitalar. 

Os pais do bebé que morreu no hospital de Portimão querem respostas e um pedido de desculpas da autoridades portuguesas pela forma como foram tratados.

Adonis Powell-Larochelle, menino britânico de 11 meses, morreu ao fim de seis horas de espera por uma transferência hospitalar, quando a família se encontrava de férias no Algarve.

“Ele andava a comer e a dormir bem, mas ficou com febre. Depois ficou com dificuldades em respirar e fomos ao hospital”, disse à BBC a mãe, Deza Powell.

Quando foram ao hospital, foram mandados para casa com uma bomba de asma, ibuprofeno e paracetamol.

No dia seguinte, 19 de maio, Adonis piorou e a família regressou ao hospital de Portimão: “Parecia um boneco de trapos. Estava mole e com os olhos inchados”.

O bebé “estabilizou” e disseram aos pais que iria ser transferido por ambulância aérea para uma unidade de cuidados intensivos num hospital maior.

“Duas horas depois eles ainda estavam a tratar do menino quando era suposto ser transferido”, revelou a mãe.

O bebé, já entubado e em estado grave, não resistiu a um derrame do pericárdio.

A família exige “responsabilidades, uma desculpa, pois afinal de contas ele era apenas um bebé”.

O Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) afirmou que, quando as equipas se preparavam para transportar o bebé de helicóptero para o hospital de Faro, o seu estado clínico agravou-se, tendo a criança acabado por morrer ao final da tarde.

“Encontrando-se o hospital de Faro sem Pediatria e com a Ambulância de Transporte Inter-hospitalar pediátrico (TIP) inoperacional por falta de médico do hospital, e a TIP Lisboa ocupada noutra missão de emergência médica, o INEM iniciou depois os procedimentos necessários com vista ao acionamento do helicóptero do Algarve, acionamento este que foi efetivado pouco depois das 15h00”, lê-se numa nota enviada à Lusa.

No Hospital de Portimão, quando se preparavam para iniciar o voo para Faro, “o bebé sofreu um agravamento do seu estado clínico que impediu o transporte e obrigou a equipa a regressar, pelas 17h45, ao hospital de Portimão”. 

O Ministério da Saúde garantiu que todos os meios foram colocados à disposição e reforçou a tese de que o transporte terá falhado devido ao agravamento do estado clínico do bebé.

Manuel Pizarro afirmou “lamentar profundamente o resultado deste caso” e enviou “sentidas condolências à família enlutada”.