PJ detém foragido há 22 anos ligado a assaltos a montes no Alentejo e Algarve

Polícia Judiciária
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A Polícia Judiciária anunciou hoje ter detido em Évora um homem, de 41 anos, foragido há 22 anos e suspeito da prática de crimes de furto qualificado e roubos a idosos em montes isolados do Alentejo e Algarve.

Em comunicado, a Polícia Judiciária (PJ) revelou que o suspeito foi detido através da Unidade Local de Investigação Criminal (ULIC) de Évora, pela prática de furto qualificado, três crimes de roubo, um deles tentado, e falsificação de documento.

“Os atos delituosos ocorreram no ano 2000, com a intervenção de outros suspeitos, vindo a maioria deles a serem condenados pelo Tribunal de Évora a penas entre os cinco e os 16 anos de prisão”, pode ler-se no comunicado.

As vítimas deste grupo criminoso, ao qual este homem alegadamente pertencia, “eram habitualmente idosos residentes em montes isolados nas regiões do Alentejo e Algarve”.

“O detido, que estava declarado contumaz e andava em fuga à Justiça desde essa altura, usava identidade falsa e foi localizado ontem”, ou seja, na terça-feira.

Contactada pela agência Lusa, fonte policial revelou que o homem foi detido no concelho de Évora e que os factos de que é suspeito “foram praticados na comarca de Évora”.

A mesma fonte explicou que o detido já foi presente a primeiro interrogatório judicial e saiu em liberdade, com a medida de coação de apresentações semanais no posto policial da área de residência.

“Havia um grupo criminoso grande, entre 1999 e 2001, que aterrorizava, ameaçava e agredia idosos e assaltava montes isolados no Alentejo e no Algarve”, lembrou a fonte.

Esse mesmo grupo “acabou por ser apanhado e condenado”, indicou a fonte policial, acrescentando que o homem agora detido pela PJ, “na altura um rapaz”, alegadamente andava com esses integrantes do grupo, “mas conseguiu sempre escapar”.

A 04 de novembro de 2002, segundo noticiou a Lusa na altura, o Tribunal de Évora condenou a penas de prisão, entre os cinco anos e meio e os 16 anos, cinco dos seis homens acusados da prática de assaltos a montes isolados no Alentejo e Algarve, alguns deles envolvendo violência física.

Os seis arguidos estavam acusados de dezenas de crimes, sobretudo de roubo, sequestro e burla, praticados entre 1999 e 2001, em montes isolados do Alentejo e Algarve.

No julgamento, o tribunal deu como provados alguns dos crimes de que eram acusados, entre eles roubo, sequestro e posse ilegal de armas.

As dificuldades das vítimas dos assaltos, já de idade avançada, em identificar os arguidos foi uma das principais dificuldades sentidas durante o julgamento, iniciado a 23 de setembro de 2002.