O aumento do custo das matérias-primas e da energia, assim como a atualização do salário mínimo nacional deverão ter impacto no preço pago pelo consumidor.
O preço deverá variar em função de cada operador, mas já é certo que o ano vai arrancar com o pão mais caro. Consequência dos preços das matérias-primas, das energias e também do aumento do salário mínimo.
“Se este fatores têm aumentos de preço, portanto, do lado dos preços de venda, também tem de haver um ajustamento maior ou menor, dependerá de cada operador e das circunstâncias em que está a trabalhar conseguir equilibrar as contas”, explica Hélder Pires, da ACIP.
De acordo com a Associação do Comércio e da Indústria da Panificação apenas uma parte dos aumentos tem sido refletida no preço pago pelo consumidor, o restante tem sido suportado pelos produtores que, por sua vez, têm registado uma quebra nas margens de lucro.
“Este setor é muito competitivo. Há muitas empresas a operar no mercado e isso faz com que nós trabalhemos com margens relativamente apertadas. Se a questão da inflação se mantiver se a questão dos preços da energia não estabilizarem ou começarem inclusivamente a descer, portanto, ficaremos muito expostos a estas situações e naturalmente teremos depois que refletir uma parte desses custos nos preços de venda desses produtos”, afirmou
A inflação veio colocar travão no consumo nas padarias e pastelarias. Na hora de comprar os portugueses estão a levar menos e a optar por produtos a preços mais em conta.
Além do aumento já previsto no arranque de 2023, o setor prevê que ao longo do ano seja necessário fazer mais correções no preço e assim equilibrar as contas.
