Quartos para estudantes ultrapassa 400 euros em Lisboa e Porto

quartos para estudantes ultrapassa 400 euros em lisboa e porto
© Envato

O preço médio de um quarto ultrapassa os 400 euros em Lisboa e Porto e a oferta privada disponível chega para menos de 10% dos jovens agora colocados nas universidades e politécnicos daquelas cidades.

Os dados são do Observatório do Alojamento Estudantil, que identifica diariamente a oferta privada de alojamento para estudantes e as rendas praticadas a nível nacional.

No dia em que arranca o período de matrículas para os quase 50 mil alunos colocados na primeira fase do Concurso Nacional de Acesso ao Ensino Superior, a plataforma identificava apenas 1 409 quartos disponíveis para estudantes em Lisboa e no Porto.

É na capital, que todos os anos recebe o maior número de novos alunos, que o valor das rendas é mais alto. De acordo com os dados do Observatório, pagar um quarto em Lisboa pode custar entre 190 e 620 euros, sendo que o preço médio se situa nos 450 euros.

Há várias zonas da cidade mais caras do que a média, destacando-se as freguesias de Benfica, onde um quarto custa, em média 575 euros, Areeiro (487 euros), Santo António (478 euros) e Avenidas Novas (475 euros).

O cenário é semelhante no Porto, onde os 656 quartos disponíveis permitem alojar cerca de 7% dos 8 489 novos estudantes e as rendas variam entre 200 e 672 euros.

À data em que os jovens souberam onde tinham sido colocados, o preço médio de um quarto na ‘Invicta’ situava-se nos 430 euros, sendo igualmente mais caro se preferirem quartos mobilados, cozinhas equipadas e/ou despesas incluídas. Nesse caso, o preço pode aumentar em até 80 euros.

Há cidades, como Coimbra ou Aveiro, onde estudar no ensino superior fica mais em conta para os alunos deslocados. 

Além da oferta privada, os estudantes dispõem ainda de residências públicas, oferta que será alargada em breve no âmbito do Plano Nacional para o Alojamento no Ensino Superior através da requalificação e construção de novas residências.

Em julho, a ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior fez um balanço do plano, referindo que dos 17 projetos na altura em curso, nove deverão ficar concluídos nos primeiros meses do ano letivo, totalizando 1 025 camas, a maioria das quais (mais de 600) em Lisboa.

Até ao final do próximo ano, deverão ficar concluídas outras oito residências universitárias, que representam um acréscimo de 1 142 camas.

Os resultados da primeira fase do concurso nacional de acesso ao ensino superior foram divulgados no domingo e, no total, ficaram colocados quase 50 mil alunos, tendo ficado 16% dos candidatos de fora, que agora poderão concorrer na segunda fase, com cerca de cinco mil vagas.