Santa Maria diz que transferência “era o melhor para o bebé”

Chefes e subchefes das urgências de obstetrícia do Santa Maria demitem-se

Transferência aconteceu quando a mulher “estava estabilizada do ponto de vista clínico”.

O Hospital de Santa Maria disse hoje, em conferência de imprensa, que a transferência da grávida que acabou por morrer no Hospital de São Francisco Xavier aconteceu apenas quando a mulher “estava estabilizada do ponto de vista clínico”.

A obstetra Luísa Pinto disse que a grávida, de 34 anos, foi atendida por uma “equipa obstétrica completa”.

A mulher, de nacionalidade indiana e grávida de 31 semanas, apresentava “sensação de falta de ar e taquicardia” e recebeu todos os cuidados necessários.

A ausência de vagas de Neonatologia motivou a transferência para o Hospital de São Francisco Xavier, que o hospital justifica com o facto de ser mais benéfico para o bebé, que sofria de uma “restrição de crescimento”, nascer no local onde pode ser assistido.

“No decurso do transporte verificou-se algo que não era, de todo, expectável que foi uma paragem cardiorrespiratória”, afirmou Luísa Pinto.

No São Francisco Xavier foi efetuada uma cesariana de emergência, que resultou no nascimento do bebé, que se “encontra bem”.