Sindicatos de professores recebidos em Belém

Adesão dos professores à greve em Braga ronda os 90%
Lusa

Organizações sindicais pretendem dar a conhecer as razões por que discordam das propostas do Ministério da Educação.

Representantes das nove organizações sindicais de professores que convocaram a greve por distritos vão ser hoje recebidos na Presidência da República para apresentar os motivos que motivam os protestos dos docentes, anunciou a Fenprof.

Em comunicado conjunto, as organizações responsáveis também pela convocação da manifestação nacional de 11 de fevereiro, revelam que irão encontrar-se às 13:30 de hoje com a assessoria da Presidência da República para a área da Educação.

“Esta reunião vem na sequência do interesse publicamente manifestado pelo Presidente da República em se inteirar das questões que estão a levar os professores a uma luta de dimensão raramente vista, bem como dos professores em fazer chegar as suas posições à Presidência da República”, lê-se no comunicado, assinado pela Federação Nacional de Professores (Fenprof), Federação Nacional de Educação (FNE), Associação Profissional dos Professores Licenciados (ASPL), Pró-Ordem dos Professores, Sindicado dos Educadores e Professores Licenciados (SEPLEU), Sindicato Nacional dos Profissionais da Educação (SINAPE), Sindicato Nacional e Democrático dos Professores (SINDEP), Sindicado Independente de Professores e Educadores (SIPE) e Sindicato Nacional dos Professores Licenciados pelos Politécnicos e Universidades (SPLIU).

No encontro, as organizações sindicais pretendem dar a conhecer as razões por que discordam das propostas do Ministério da Educação para o regime de concursos, assim como dar conta dos restantes problemas que motivam os protestos dos professores, como seja a recuperação do tempo de serviço congelado durante a ‘troika’ ou o fim das quotas e vagas de acesso ao 5.º e 7.º escalões.

Os professores portugueses são dos europeus que mais anos demoram a chegar ao topo da carreira, alertou o relatório do Conselho Nacional de Educação hoje divulgado, que aponta como causas a precariedade, já que em média trabalham 16 anos até integrarem os quadros do Ministério da Educação, e a existência de vagas e quotas para poder progredir na carreira.

A greve por distritos que neste momento está a decorrer termina a 8 de fevereiro, seguindo-se a Manifestação Nacional de dia 11, sendo que a plataforma sindical já fez saber que “caso o Ministério não altere as posições que vem assumindo, professores e educadores prosseguirão a sua luta”.

Ao mesmo tempo estão a decorrer outras duas greves sem data de término promovidas pelo STOP e pelo SIPE.