Este tubérculo é também um alimento versátil, revelando-se excelente para acompanhar pratos de carne, peixe ou legumes. A batata-doce pode ser cozida, frita, confecionada a vapor, assada no forno, incluída em sopas ou servida como puré. Há também quem a transforme para que seja um dos ingredientes principais de doces, substituindo, por exemplo, a farinha.
Fonte importante de vitamina A, tem elevada quantidade de vitaminas C, E e do complexo B.
Rica em minerais, sobretudo potássio, fósforo, cálcio, sódio e magnésio.
Tem propriedades antioxidantes, promove a saúde ocular, tem efeitos anti-inflamatórios e estimula o sistema imunitário.
Contribui para o atraso do declínio mental e as suas fibras favorecem a saúde intestinal.
Mais tarde, os portugueses levaram a batata-doce para outras geografias, como África e Ásia (com destaque para a Índia e Java), quando se aventuraram por “mares nunca dantes navegados”.
Apreciada em todo o mundo
Cultura originária da América Central e do Sul, vestígios arqueológicos encontrados no Peru indiciam que esta raiz fez parte da alimentação do povo Maia. Tudo aponta para que a batata-doce tenha sido introduzida na Europa por espanhóis e ingleses, sendo atribuída aos primeiros a responsabilidade pela sua entrada em Portugal, na primeira metade do século XVI.
Em escritos da época, os médicos davam o seu parecer em relação ao alimento, caracterizando-o como “desenxabido, flatulento, indigesto e adequado apenas ao sustento de animais”. Hoje, é uma cultura amplamente difundida por todo o Mundo, sendo que os maiores produtores mundiais são China, Nigéria, Tanzânia, Etiópia, Indonésia, Uganda, Vietname, EUA, Índia e Ruanda. Em Portugal é cultivada no Centro e no Sul, com destaque para a batata-doce de Aljezur – variedade Lira, certificada com Indicação Geográfica Protegida.
Várias cores, muitos sabores
A batata-doce é colhida entre setembro e outubro e tem a seu favor o facto de ser saborosa e nutritiva, constituindo uma opção saudável para quem procura ter uma alimentação equilibrada.
Dependendo da variedade (e dos nutrientes que a constituem), a batata-doce pode apresentar polpas de diferentes tonalidades. As variantes de polpa branca e laranja são mais ricas em betacaroteno, enquanto as de polpa roxa concentram mais antioxidantes – chegam a ser três vezes superiores às do mirtilo.
Este alimento é muito apreciado por desportistas devido às suas propriedades nutritivas, por contribuir para a formação de massa muscular e por acelerar a recuperação pós-exercício. O seu baixo índice glicémico favorece dietas de emagrecimento e é uma excelente opção para a alimentação de diabéticos.
Desprezada das principais escolhas gastronómicas durante muito tempo, a batata-doce é hoje um alimento de eleição para muitos. A utilização por parte de chefs conceituados, com receitas originais e modernas, e a cada vez mais transversal preocupação com uma alimentação saudável contribuíram para que passasse a figurar entre as principais opções à mesa.
A batata-doce tem um baixo índice glicémico e ajuda nas dietas de emagrecimento
Excelente substituto de outros acompanhamentos (massa, arroz ou batata ‘vulgar’), esta raiz pode ser servida como snack (frita ou assada em tiras finas, com casca – neste caso estará́ a ingerir mais nutrientes, mas terá de lavar bem o alimento).
Pelo facto de ter um sabor adocicado, pode ainda fazer as vezes de um doce tradicional e tem a grande vantagem de produzir uma sensação prolongada de saciedade, diminuindo o apetite.
