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Manjerico, o rei das festas populares

Junho já vai embalado e com ele regressaram as festas populares, após dois anos limitados pela pandemia. A compra do manjerico também voltou em força, mas agora marcada pela pouca oferta.

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© Record TV Europa
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Em Almargem do Bispo, no concelho de Sintra, encontramos Vera Oliveira nos viveiros que gere. Por esta altura, já se contam os últimos manjericos prontos para entrega.

A oferta é limitada porque em março, época em que se começa a semear o manjerico, houve necessidade de tomar decisões. Sem certezas de que as festas populares iriam acontecer com toda a normalidade, muitos produtores optaram por não arriscar.

Vera conta que “o desperdício foi muito, tivemos de deitar bastantes manjericos fora e, por isso, este ano a aposta já não foi o costume

Saberes que cheiram a festas populares

Nestes viveiros ainda se segue a tradição, “fazemos as culturas de acordo com as luas, à maneira antiga. Semeamos sempre na lua minguante de março e vamos acompanhando o processo de crescimento. Há um mês e pouco fizemos a plantação em vasos de barro ou de plástico, para que agora estejam em ponto final para o consumidor”, explica Vera.

E acrescenta que o manjerico que conhecemos tem um truque para ser como é: “Depois da sementeira fica um tufo no tabuleiro… ficam afastados uns dos outros para apresentarem a forma de ‘bola’. Caso contrário, ficam altos e não com o formato redondinho típico dos manjericos vendidos nesta época”.

Apesar de tradicionais, por estes viveiros em Almargem do Bispo, também há espaço para manjericos alternativos. Uns com cheiro a canela, outros a limão ou até de outra cor, mas os preferidos são, sem dúvida, os tradicionais.

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© Record TV Europa

Preços inflacionados

Quanto aos custos, em 2022 também estes produtores sentiram a inflação. “Triplicaram os valores do substrato, dos adubos, da matéria-prima e tem sido um ano mais difícil para os viveiros em geral. Tentámos não aumentar no produto, mas sofreu aumento, ligeiro, mas sofreu”, confessa Vera Oliveira.

Apesar de tudo, para ter o cheiro desta época a entrar pela casa, manter a tradição ou brincar com a conhecida ‘erva dos namorados’, certo é que a procura tem sido muita este ano em que os arraiais regressaram ao que eram no período pré-pandemia.

Originária da Índia, tornou-se a planta oficial das festas populares do mês de junho, um pouco por todo o país. Redondinho, num vaso de barro, com uma flor de papel e uma quadra romântica, assim é o manjerico.

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