Em Portugal, em 2020, foram diagnosticados cerca de sete mil novos casos e 1800 mulheres foram vítimas desta doença. Perto de um por cento do total de doentes são homens. Apesar dos números elevados, a doença não é incurável, sobretudo se for detetada e tratada precocemente.
Porém, muitas mulheres acabam por ter um diagnóstico tardio, por não estarem atentas a eventuais transformações no seu corpo ou ignorarem os exames de rotina. Mas há outras causas que contribuem para que a doença evolua sem acompanhamento médico: desinformação, receios da paciente e o facto de as fases iniciais do cancro da mama serem assintomáticas.
Sendo assim, ressalta-se a importância da campanha ‘Outubro rosa’, que visa consciencializar as mulheres para a importância da prevenção e tratamento precoces.
O movimento nasceu nos Estados Unidos na década de 1990, onde cada ano mais do que 270 mil pessoas são diagnosticadas com este tipo de cancro. Desde então o ‘Outubro rosa’ é assinalado anualmente com o objetivo de informar e alertar, acompanhado sempre pelo laço e cor rosa.
Além do Dia Nacional de Prevenção do Cancro da Mama (30.10), em outubro celebra-se também o Dia Mundial do Cancro da Mama Metastático (13.10) e o Dia da Saúde da Mama (15.10)
Ao longo deste mês, em todo o mundo, veem-se campanhas cor-de-rosa que têm o objetivo de sensibilizar a população para a temática, enquanto diversas instituições apelam à realização de exames preventivos.
O cancro da mama é um tumor maligno que agride o tecido mamário. Segundo a Liga Portuguesa Contra o Cancro, este é tipo de cancro mais prevalente entre as mulheres, em Portugal e no mundo – dados estatísticos do Observatório Global de Cancro (Globocan, 2021).
Não existe uma causa única de cancro de mama. A predisposição genética, atividade física insuficiente, obesidade e o consumo de álcool e tabaco são fatores de risco que contribuem para a prevalência do cancro da mama.