Segundo o relatório internacional, os 1997 inquiridos em Portugal mostram que a população está satisfeita com o Serviço Nacional de Saúde (SNS). Mas, no entanto, a confiança está a decrescer. Em 2021, os dados já indicavam a tendência, que agora, mais uma vez, se confirma.

Ainda assim, o estudo revela que Portugal está no topo dos países que mais confia na comunidade científica. Em sentido inverso aos investigadores e cientistas, estão os profissionais de saúde. É neles que os portugueses menos confiam atualmente.

A procura e a confiança

De acordo com o relatório de saúde STADA 2022, 40% dos portugueses confirmam que, nos últimos 12 meses, pediram mais aconselhamento médico – mais 15% do que a média europeia. Uma procura por respostas que vai além do médico de família. É nas farmácias que os portugueses pedem mais conselhos. À frente de Portugal estão apenas as populações da Sérvia, Espanha e França.

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Tecnologia e inovação

No que toca à utilização das novas tecnologias no campo da saúde, os portugueses são também mais confiantes. Se a média europeia está nos 11% no que diz respeito à partilha de informações com os médicos através de aplicações, 19% dos portugueses admite já utilizar estes meios. Mais, 25% dos adultos portugueses inquiridos neste estudo revelam mesmo que utilizam aplicações de saúde para monitorizar o bem-estar mental. Apenas Itália caminha ao lado de Portugal, nesta matéria. No entanto, 9% dos portugueses admite desconhecer estas aplicações.

É na interação à distância que os portugueses se destacam. Os portugueses são os mais disponíveis para consultar um médico por teleconsulta, via webcam. Oitenta e seis por cento contra os 64% da média europeia. Justificam esta tendência devido à possibilidade de se poupar tempo em viagens e esperas na hora de ir a uma consulta.

A saúde mental

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Se o mundo digital cresceu e ganhou mais confiança durante os dois anos de pandemia de covid-19, outros aspetos foram exaltados. É o caso da saúde mental. O relatório revela que existem preocupações em relação ao tema e prova disso é o facto de quase metade dos portugueses inquiridos (47%) ter revelado que os níveis de stresse se agravaram desde março de 2020, início da pandemia. Acima dos portugueses estão apenas os italianos.

Um terço dos adultos considera que a saúde mental ficou mais debilitada. Somente a Áustria ultrapassa os portugueses nesta preocupação. Tendência semelhante verificou-se nas respostas à analise do bem-estar físico e à qualidade do sono.