Diversidade biológica, paisagens encantadoras e as cataratas mais fascinantes à superfície da Terra. O Parque Nacional do Iguaçu, considerado Património Mundial Natural, é procurado todos os anos por milhares de visitantes, atraídos pelo encanto ímpar desta obra-prima da natureza.
Detentor de uma das mais espetaculares cataratas do mundo, o Parque Nacional do Iguaçu, no estado do Paraná, foi o segundo Parque Nacional brasileiro a ser criado, em 1939. São mais de 180 mil hectares de património natural, com uma vasta biodiversidade de fauna, que contempla mamíferos, anfíbios, peixes, serpentes, aves e centenas de diferentes espécies de borboletas.
O Parque, dirigido pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, órgão federal responsável pela gestão das Unidades de Conservação do Brasil, é exemplo de integração entre conservação e uso sustentável dos recursos naturais. O Parque abriga o maior remanescente de floresta Atlântica (estacional semidecídua) da região sul do Brasil, com extensas áreas protegidas e florestas ainda primitivas.
A expressiva diversidade biológica e a paisagem de rara beleza das Cataratas do Iguaçu fizeram do Parque Nacional do Iguaçu a primeira Unidade de Conservação do Brasil a ser instituída como Sítio do Património Mundial Natural pela UNESCO, em 1986.
Iguaçu, ‘água grande’
Diz a lenda que o chefe da tribo de índios Caigangues, habitantes das margens do Rio Iguaçu, tinha uma filha de beleza ímpar, Naipi, por quem o jovem guerreiro Tarobá se apaixonou perdidamente. Certo dia, os dois jovens resolveram fugir rio abaixo de canoa, despertando a ira do deus da tribo, que originou uma enorme fenda, onde se formou uma catarata que engoliu os apaixonados.
Naipi foi transformada em rocha, para sempre fustigada pelas águas revoltas e Tarobá foi convertido numa palmeira, condenado para toda a eternidade a contemplar a sua amada sem lhe poder tocar.
A lenda refere-se às Cataratas do Iguaçu, um dos mais espetaculares conjuntos de quedas de água do mundo, localizadas entre o Parque Nacional do Iguaçu e o Parque Nacional Iguazú, na Argentina.
São 2 700 metros de extensão, dos quais 800 estão do lado brasileiro e 1 900 do lado argentino. São compostas por um número variado de saltos e quedas. A altura máxima das quedas é de 80 metros e têm nomes próprios como Floriano, Deodoro, Benjamim Constant e, a mais famosa de todas, a Garganta do Diabo.
As Cataratas do Iguaçu ficaram entre as 28 finalistas da campanha mundial de escolha das ‘Sete maravilhas naturais do mundo’. O Espaço Porto Canoas, complexo turístico no interior do Parque, é a melhor escolha para descansar e repor energias. O local oferece vários espaços de restauração e serviços de apoio ao visitante. Antes ou depois do passeio pelas Cataratas, almoçar enquanto desfruta da maravilhosa vista, é uma ótima opção.
O restaurante Porto Canoas, situado nas margens do rio Iguaçu, próximo da Garganta do Diabo, oferece um ambiente acolhedor e iguarias da cozinha típica brasileira. Entre as deliciosas opções da ementa, figura o Dourado Assado, o prato mais característico da região.

Trilha do Poço Preto e das Bananeiras
A trilha do Poço Preto é um passeio que pode ser definido como um safari ecológico e que recorda o caminho que os índios da região usavam para contornar as Cataratas do Iguaçu.
São nove quilómetros, onde podem ser observadas as belíssimas espécies nativas do Parque. Destaque para a Lagoa do Jacaré, que concentra grande diversidade de animais aquáticos e para a Ilha dos Papagaios, onde ao nascer e pôr-do-sol se avistam revoadas de milhares de papagaios.
Na Trilha das Bananeiras podemos encontrar pequenas lagoas, com pássaros de hábitos aquáticos e vegetação exuberante. O passeio inclui também navegar em barcos a motor e remar caiaques insufláveis, que proporcionam uma boa oportunidade para avistar várias espécies de animais e plantas nativas.