Rachel Ridgeway, mãe de seis filhos, tem, tecnicamente, apenas três anos a mais do que os seus bebés recém-nascidos. Os gémeos têm o recorde mundial de embriões congelados há mais tempo, com um nascimento bem-sucedido.
O parto recorde dos gémeos foi verificado pela Biblioteca Médica Preston da Universidade do Tennessee. A ex-recordista era uma criança chamada Molly Gibson, que nasceu em 2017. O embrião congelado dela fora armazenado durante 24 anos.
Os pais biológicos, que preferem manter-se anónimos, doaram os embriões ao Centro Nacional de Doações de Embriões (NEDC), nos Estados Unidos, em 1992.

Os embriões doados são preservados, juntamente com milhares de outros, em nitrogénio líquido até serem transferidos. O NEDC foi criado em 2001 para ajudar famílias que precisam de auxílio na conceção ou que pretendem expandir os seus agregados, como foi o caso da família Ridgeway.
Anomalia genética
A família revelou que a sua missão era a de trazer ao mundo o máximo de crianças que pudessem “Não terminaremos por aqui, se essa for a vontade de Deus”, acrescentam. Eles escolheram os embriões em dezembro de 2021.
“Esses embriões muitas vezes não são considerados, porque os potenciais pais não têm a clareza sobre potenciais desordens genéticas”, disse Rachel. Mas o casal não estava interessado se os embriões eram considerados bebés perfeitos ou não.
O NEDC informou a família de que o pai biológico dos embriões tinha morrido de ALS, a doença de Lou Gehrig, e, portanto, existem hipóteses de que os bebés possam vir a desenvolver esta anomalia genética também.
No total foram transferidos três embriões, porém somente dois conseguiram desenvolver-se. O nascimento aconteceu em 31 de outubro de 2022, após uma gestação de 38 semanas.
Quanto ao futuro, a família pretende contar aos filhos os pormenores que envolveram o processo de criopreservação e transferência de embriões quando os seus bebés forem “mais maduros para entender”.