Inaugurado em 1998, como parte central da Exposição Mundial de Lisboa, o Oceanário cedo causou grande impacto pela grandiosidade, diversidade de espécies e por permitir o conhecimento de ecossistemas marinhos de uma forma nunca antes vista em Portugal.
Passado esse primeiro impacto, quase vinte e cinco anos depois – o oceanário foi inaugurado a 22 de maio de 1998, juntamente com a Expo 98 -, a capacidade de atrair visitantes permanece intacta. Considerado o melhor aquário do mundo por três vezes pelo site TripAdvisor, o Oceanário é uma referência internacional e um dos equipamentos culturais mais visitados do país, atraindo mais de um milhão de pessoas por ano.
O presidente da Fundação Oceano Azul, concessionária do Oceanário, mostrou-se orgulhoso do presente e confiante no futuro do equipamento. “Estamos a ter grande sucesso, a crescer muito, mas isso coloca-nos um dilema, ou expandimos o Oceanário ou aumentamos os preços”.
Num encontro com jornalistas, José Soares dos Santos explicou que a estratégia passa agora por “expandir e adicionar muito mais espaço de experiência sobre os oceanos aos nossos visitantes”.
Aquário gigante
A Expo 98 teve um grande impacto na forma como Portugal passou a ser visto pelo estrangeiro. Responsável por atrair milhões de turistas estrangeiros, a exposição internacional fez com que a temática da defesa dos oceanos assumisse maior importância nas agendas políticas internacionais.
No tanque central podemos encontrar tubarões, mantas, raias, garoupas gigantes, meros e um sem número de outros peixes
Intitulado ‘Os Oceanos, um Património para o Futuro’, o megaevento foi decisivo para a sensibilização de milhões e o Oceanário um importante instrumento para o conhecimento, estudo e conservação dos oceanos.
Com cerca de 7,5 milhões de litros de água salgada e 500 espécies diferentes, a infraestrutura tem uns impressionantes 20 mil m2. Projetada pelo arquiteto norte-americano Peter Chermayeff com o intuito de transmitir, da forma mais realista possível, a sensação de se estar no fundo do mar, o Oceanário proporciona experiências inesquecíveis.
No tanque central podemos encontrar tubarões, mantas, raias, garoupas gigantes, meros e um sem número de outros peixes, que nadam ordenadamente ao ritmo de uma suposta valsa marinha, conduzida pelas espécies mais corpulentas
Proteger o futuro
Marcada pelas sensações quase imersivas que proporciona, uma ida ao Oceanário desperta o visitante para vários ‘admiráveis mundos novos’, apresentando-os sob a forma de habitats, recriados ao pormenor, com a presença de peixes, aves, invertebrados, anfíbios, mamíferos, plantas e algas. Incapazes de ficar indiferentes a esta experiência singular, os sorrisos maravilhados de crianças e adultos multiplicam-se à medida que vão vendo alguns dos mais valiosos tesouros oferecidos pela natureza.
Com uma forte componente pedagógica, o Oceanário alerta para a necessidade de se adotar comportamentos sustentáveis, que contribuam para a preservação de espécies e dos ecossistemas marinhos naturais. Caso contrário, na melhor das hipóteses, apenas poderemos contactar com todo este património natural em locais recriados pelo Homem, longe da natureza, uma vez que os habitats originais poderão ter desaparecido. Irremediavelmente.
