Grávida impedida de entrar no hospital por falta de teste covid-19

Grávida em férias impedida de praticar aborto devido a leis do país

Bebé acabou por morrer.

Funcionários de um hospital na cidade chinesa de Xian foram punidos, depois de ter sido negada entrada a uma mulher grávida, por não ter resultado negativo para a covid-19, resultando na morte do bebé.

O diretor-geral do hospital foi suspenso e os chefes dos departamentos ambulatorial e médico demitidos.

A mulher esperou do lado de fora do hospital, sentada num banquinho de plástico, no dia 1 de janeiro, até ter começado a sangrar. Num vídeo registado pelo seu marido, e que foi amplamente divulgado nas redes sociais chinesas, uma poça de sangue é visível a seus pés.

Por não ter um teste negativo à covid-19, foi-lhe negada entrada no estabelecimento hospitalar e, consequentemente, negada assistência médica.

As autoridades disseram que uma investigação foi realizada após a ocorrência do incidente, mas não deram mais detalhes.

O hospital foi obrigado a emitir um pedido público de desculpas, fornecer compensação, e prometeu “otimizar o processo de tratamento médico”.

Não é claro quantos funcionários do hospital foram punidos no total. Xian puniu já vários funcionários locais, incluindo quadros do Partido Comunista, por negligência na gestão do surto.

O governo local disse hoje que duas outras autoridades do Centro de Emergências de Xian e da Comissão Municipal de Saúde de Xian receberam advertências formais do Partido Comunista.