Famílias procuram parentes na ‘Cracolândia’

Famílias procuram parentes na ‘Cracolândia’
Record TV

O ‘Repórter Record Investigação’ de amanhã traz histórias de quem procura parentes na região de maior consumo de droga do Brasil.

Após emocionar o país com os casos de Marilena, Juan e Judite, que abriram mão da própria vida para sair à procura do familiar no centro de São Paulo, o ‘Repórter Record Investigação’ de amanhã traz mais histórias de quem procura parentes na região de maior consumo de droga do Brasil.

A maioria dos moradores da ‘Cracolândia’ não vivia na rua, antes do vício. Eles são pais, filhos, avós e netos que saíram de casa por causa do crack, mas continuam a ser importantes para as suas famílias. 

Faz algumas semanas que Milene não vê a filha de 21 anos. Larissa, quando fala com a mãe por telefone, diz ter vontade de deixar a ‘Cracolândia’, mas a dependência do crack impede-a de estar com a família novamente. “Eu nunca perdi a esperança em relação à minha filha. Nunca! Larissa é doce, é uma menina muito prestável, gosta de ajudar as pessoas”, descreve a mãe. 

Em vídeo, Larissa faz um depoimento dramático e pede ajuda aos assistentes sociais especializados em atender toxicodependentes na região central da capital paulista.  

Já Jeferson cometeu equívocos graves em momentos importantes da família, difíceis de se perdoar. Recentemente, ele falhou de novo. Desta vez, abandonou a clínica de recuperação e passou a passagem do ano na ‘Cracolândia’, mas a mulher e a filha não desistiram dele. “Não deveria existir essa coisa [crack]. Não queria que o meu pai usasse isso, eu não queria que isso estivesse a acontecer com ele”, conta a filha K., de oitos anos, sempre com lágrimas nos olhos ao falar do pai. 

Dina é outra pessoa que vive com o coração apertado a pensar no filho que abandonou tudo por causa do crack. Ela viaja do Paraná, quando tem condições, para dar pelo menos um abraço a Diego, morador na ‘Cracolândia’. “É o meu filho, não posso deixá-lo, tenho de fazer o possível para tirá-lo daqui”, desabafa. 

Histórias como estas comovem até quem está habituado a um ambiente violento. “Tinha um amigo viciado. A droga separou-nos. Eu segui um caminho e ele outro. Presenciei tudo, mexe muito comigo o que eu vejo todos os dias na ‘Cracolândia’”, revela o guarda municipal. 

E ainda: os repórteres acompanharam um dia de limpeza e triagem na ‘Cracolândia’, em que mais de 20 toneladas de lixo são retiradas do local onde fica o fluxo. 

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