Existem mulheres perfeitas que são criadas digitalmente e têm milhares de fãs. Contudo, não existem realmente.
A inteligência artificial está cada vez mais evoluída, o que leva a situações mais conturbadas, perigosas e, também, a alguns enganos. Atualmente, é possível criar influenciadores digitais, de ambos os sexos, e que as pessoas acreditam ser reais. Neste caso, as mulheres que aparecem no ecrã são meras criações falsas, a que o programa ‘Domingo Espetacular’ apelidou de ‘’mulheres mentira’’.
As influenciadoras criadas por inteligência artificial são pessoas aparentemente bonitas, aparecem em vídeos, conseguem falar e são capazes de fazer uma videochamada (mas para terem respostas as suas perguntas os fãs têm de pagar). Muitas vezes os vídeos usados são reais e publicados por outras pessoas, que alteram o rosto original por completo, dando a impressão de estarmos perante indivíduos ‘perfeitos’.
Estas ditas criações têm milhares de seguidores e fãs, e os seus ‘criadores’ podem ganhar perto de 30 mil euros mensalmente, sendo que estas ‘celebridades’ digitais recebem mais de 20 pedidos de casamento por mês. Será que isso pode ser considerado crime – utilizar uma pessoa que não existe para ganhar dinheiro? Atualmente, não existe legislação definitiva para controlar estas criações de inteligência artificial. Cada país tende a determinar as suas regras. Desta forma, a perfeição acaba por dar origem a situações em que a não existência de regulação específica abre espaço a um ‘vazio legal’ na forma como se usa a Internet.
Domingo Espetacular – domingos, 01:00 (hora Lisboa/Londres).
