Os riscos de segurança no Mar Vermelho estão a fazer crescer os preços dos transportes internacionais de mercadorias, juntamente com o preço dos combustíveis e a redução da exportação agrícola, proveniente da Ucrânia.
A Associação dos Transitários de Portugal antevê que quem vai sofrer com esta crise são os consumidores, devido ao aumento das taxas cobradas pelo transporte de contentores de navios.
Os ataques dos rebeldes Houthis condicionam e obrigam os navios internacionais a fazer uma rota alternativa ao Mar Vermelho, o que implica viagens mais demoradas, algo que contribui para a subida dos preços dos fretes marítimos e das taxas de quem importa e exporta mercadoria.
A juntar a esta subida dos preços dos transportes internacionais de mercadorias, o presidente da Associação Portuguesa de Produtos Petrolíferos alerta para novas consequências económicas devido aos ataques a petroleiros no Mar Vermelho.
Em entrevista à Antena 1, o presidente da APETRO, António Comprido, alega que apesar de não existir nenhum risco de rutura de stocks em Portugal, a insegurança nas rotas marítimas vai fazer com que o preço dos combustíveis aumente.
Mylola Solsky, ministro ucraniano da Agricultura, revela também que os ataques das milícias Houthi levam a um abrandamento das exportações dos produtos agrícolas, que em dezembro do ano passado foram transportados em grande volume, algo que não deverá acontecer em janeiro.
Dados revelados mostram que as exportações de cereais vindas da Ucrânia na temporada de comercialização de julho a junho de 2023/24 caíram para cerca de 20,9 milhões de toneladas.
