Espanha anuncia medidas de combate à inflação

Espanha anuncia medidas de combate à inflação
REUTERS/Violeta Santos Moura

Governo espanhol não só retirou o IVA aos alimentos básicos como também anunciou novas medidas de ajuda às famílias e empresas.

Os espanhóis têm as horas contadas para abastecer os veículos com o desconto generalizado de 20 cêntimos por litro de gasolina ou gasóleo. A partir de 1 de janeiro, apenas os setores agrícola e dos transportes têm direito a esta redução mas, por outro lado, são prolongadas algumas medidas para mitigar os efeitos da inflação.

É o caso da redução dos impostos na eletricidade e no gás que se aplicam por mais seis meses e a suspensão de despejos por falta de pagamento de renda. Mantém-se também a proibição do corte de fornecimento de serviços essenciais, como a água, o gás e a luz.

Mas o novo pacote de ajuda aprovado pelo Conselho de Ministros de Espanha traz mais novidades.

A população em geral pode contar com o fim da cobrança do Imposto sobre o Valor Acrescentado em alimentos considerados de primeira necessidade, pelo menos nos próximos 6 meses. Falamos, por exemplo, do pão, lacticínios, ovos e legumes.

“Vamos baixar o IVA de 4 para 0% para todos os alimentos de primeira necessidade e de 10 para 5% para o azeite e massas. Em segundo lugar, aprovámos uma ajuda de 200 euros para mais de 4 milhões e 200 mil famílias com rendimentos até 27 mil euros para compensar a subida do preço dos alimentos”, afirmou Pedro Sanchez, Primeiro-ministro espanhol.

Os agricultores também vão ter novas ajudas diretas do Estado, num montante que ascende aos 300 milhões de euros, com o objetivo de compensar a subida dos custos de produção, relacionada com o preço dos fertilizantes.

Já para a indústria do gás serão canalizados 500 milhões de euros em apoios. Ainda no setor laboral, o Executivo espanhol optou por manter até 2024 a possibilidade de reforma parcial para promover a substituição geracional e a criação de emprego.

Espanha que é um dos países que melhor tem conseguido moderar a subida dos preços. Em novembro, a taxa de inflação fixou-se nos 6,8%, a mais baixa da zona euro. No mesmo mês, Portugal caiu para os 9,9%, depois de em outubro ter atingido os 10,1% de inflação.