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Eva Kaili detida até dia 22 de dezembro

Eva Kaili vai sair da prisão com pulseira eletrónica
REUTERS

Eurodeputada diz-se traída pelos colegas do Parlamento Europeu e recusa qualquer tipo de culpa no escândalo de corrupção com o Catar. Eva Kaili ficará detida até, pelo menos, à próxima semana.

Os suspeitos detidos no âmbito da investigação ao escândalo de corrupção que envolve o Catar e o Parlamento Europeu foram hoje ouvidos, com exceção de Eva Kaili, cuja audiência em tribunal foi adiada para a próxima semana. Dessa forma, a eurodeputada e rosto mais mediático do processo ficará detida até ao próximo dia 22 de dezembro.

Eva Kaili diz-se inocente e, através do seu advogado, confessou sentir-se traída pelos colegas do Parlamento Europeu.

“Falei com a sra. Kaili e ela quebrou o silêncio, exprimindo as suas queixas contra a posição dos seus colegas do Parlamento Europeu. Ela diz que se sente traída quando fazem parecer que tinha uma agenda pessoal com o Catar e quando insinuam que estava a aceitar subornos”, explicou à agência Reuters Michalis Dimitrakopoulos.

Kaili está acusada de ter aceitado subornos por parte do Catar de forma a influenciar de forma positiva a imagem do país no parlamento Europeu.

De recordar que a eurodeputada e vice-presidente do Parlamento Europeu, entretanto destituída do cargo, defendeu o país do Médio Oriente das críticas dos direitos dos trabalhadores migrantes durante os preparativos para o Mundial, tendo visitado o país em novembro.

“A sua posição é a de que não estava a aceitar subornos, é inocente, o Catar não precisava dela, não precisava de a subornar, ela não tinha nada a oferecer ao Catar. A decisão de visitar o Catar não foi pessoal, foi uma decisão do Parlamento Europeu, em acordo com Comissão Europeia e o chefe da política externa da União Europeu, Josep Borrell”, afirmou o advogado.

 As autoridades belgas divulgaram imagens das malas de dinheiro envolvidas no escândalo do Catargate, numa apreensão de cerca de 1,5 milhões de euros. A polícia pretende agora rastrear as notas de forma a identificar a origem do dinheiro e assim ficar mais perto de resolver um dos maiores escândalos de corrupção a assolar as instituições europeias.

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