A intenção dos produtores agrícolas não é ir até à capital, mas sim cortar as estradas principais com tratores.
Os protestos perduram há meses e os agricultores pretendem ser ouvidos pelo governo, para que as suas exigências sejam aceites. Uma delas é o cumprimento da ‘lei Egalim’, que impõe à indústria e à distribuição que o valor pago por produtos agrícolas cubra, pelo menos, os custos de produção.
Esta manhã os agricultores anunciaram cortes de estradas em vários pontos da região de Paris, como Fontainebleau e Senlis, onde está localizada a autoestrada A1, bloqueada no sentido Lille-Bruxelas.
O governo francês deu garantias aos produtores agrícolas de que não haverá interferência das autoridades nos protestos nas ruas, somente em casos de violência pública.
Os protestos não estão a acontecer apenas em França. Na Polónia, Roménia, Alemanha e Lituânia os agricultores também estão a demonstrar o seu descontentamento através de manifestações.
Na Lituânia, mais de mil tratores bloquearam as estradas e ruas do centro de Vilnius, a capital do país. Os manifestantes levam fotografias e cartazes com slogans dirigidos ao Ministro da Agricultura, Kestutis Navickas.
Algumas das principais reivindicações dos produtores lituanos prendem-se com o aumento do imposto sobre os combustíveis e a anulação da redução nos impostos especiais de consumo para os camiões, entre outras questões.
Os agricultores afirmam que os protestos vão manter-se até que sejam implementadas mudanças significativas nas políticas governativas.
Num prisma mais amplo, um dos sindicatos de agricultores franceses ameaça bloquear toda a zona de Île-de-France no espaço de 10 dias, caso as respostas não vão ao encontro das suas pretenções.