Ajuda financeira foi anunciada após uma reunião com mais de 200 autarcas dos municípios afetados pela violência no país.
O pior parece ter ficado para trás com o desacelerar da violência nas ruas em França. Na noite passada, e com um dispositivo de 45 mil polícias e guardas mobilizados…72 pessoas foram detidas na sequência de distúrbios…um número bem inferior às 157 da noite anterior e às 400 detenções ocorridas na noite de sábado para domingo.
Em sete dias de violência das ruas foram detidas 3 915 pessoas, entre elas mais de 1200 menores.
À medida que a violência acalma, outros problemas são pensados. Emmanuel Macron recebeu hoje cerca de 200 autarcas dos municípios afetados pela onda de violência gerada pela morte do jovem Nael.
O presidente francês acredita que o pico dos tumultos já passou e anunciou uma lei de emergência para recuperar as estruturas danificadas pelos tumultos dos últimos dias, prometendo dessa forma ajuda financeira às cidades para reabilitar estradas, estabelecimentos municiais, escolas e outras estruturas afetadas. Danos avaliados já em cerca de mil milhões de euros.
Emmanuel Macron e o governo francês estudam ainda a hipótese de punir os autores dos estragos, nomeadamente através de uma penalização financeira dos pais dos jovens que criaram os tumultos.
E se de um lado se tira, do outro, recebe-se.
A família do polícia que matou um jovem de 17 anos, em França, vai receber mais de 1,3 milhões. Em causa está uma angariação de fundos organizada pelo político de extrema-direita Jean Messiha na plataforma online Go Fund Me.
O objetivo era angariar cerca de 50 mil euros para a família do agente que baleou o jovem francês mas em apenas quatro dias o valor foi amplamente superado. Uma campanha que está a gerar polémica até porque, segundo noticia o jornal Le Monde, está a decorrer também uma angariação de fundos para a ajudar a mãe da vítima de origem norte-africana que, até esta segunda-feira, contava com menos de 200 mil euros.