“Fui tratada como um animal”, denuncia mãe da criança.
Uma médica arrancou a cabeça de uma bebé durante o parto, no Hospital das Clínicas, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, Brasil.
O caso remonta a 1 de maio, mas só agora a família apresentou queixa de negligência por parte do hospital e indícios de violência obstétrica.
Aos sete meses de gestação e com um quadro clínico de tensão alta, o parto de Ranielly Santos foi induzido.
Durante o parto, a médica arrancou a cabeça da bebé, enquanto o pai assistia a tudo através de uma janela. O pai chegou mesmo a ver a bebé a mexer os olhos e boca.
“Na hora que a puxaram para fora, ela piscou, ela estava a mexer. O coraçãozinho dela, antes de sair, estava a bater”, contou o pai, Victor da Silva.
“Eu estou arrasada. Todo dia, eu choro. Eu não consigo dormir. Todos os dias, eu penso na minha filha. Eu queria ela de qualquer jeito. Eu sabia que ela tinha pouca chance de vida, mas eu queria ela”, disse a mãe ao R7.
A menina tinha uma malformação nos pulmões e havia o risco de não sobreviver após o parto.
“Eles começaram a puxar a cabeça da criança com a mão, falando para a minha esposa fazer força, mas ela não tinha mais força. No último instante que fizeram isso, veio um tanto de gente em cima dela, segurou ela, me segurou. Deram uma anestesia geral nela, ela desmaiou, a criança acabou de sair, mas já estava desfalecida”, contou o pai.
“Mesmo que não faça ela voltar, eu espero que não aconteça com outra mãe o que aconteceu comigo, não. Eu fui tratada igual um animal, ninguém me respeitou. É muito triste”, denunciou Ranielly.
O corpo da recém-nascida foi transportado para o Instituto Médico Legal para ser autopsiado.
