OMS oferece equipamentos a Cabo Verde para ajudar a eliminar paludismo

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Paludismo matou cerca de 619.000 pessoas em 2021.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) ofereceu a Cabo Verde equipamentos domésticos de pulverização, avaliados em 54,3 mil euros, para apoiar os esforços do país na certificação da eliminação do paludismo.

Trata-se de um pacote de 100 equipamentos, dos quais 77 já se encontram no país, avaliadas em 54,3 mil euros, cuja entrega foi feita na Praia, por Edith Pereira, em nome do representante da OMS em Cabo Verde, à ministra da Saúde cabo-verdiana, Filomena Gonçalves.

“Hoje estamos honrados em receber da Organização Mundial da Saúde a doação de 77 bombas x-pert, marcando um importante passo nesta derradeira fase do processo de certificação de eliminação do paludismo em Cabo Verde. Este evento representa a concretização de anos de esforços, dedicação e cooperação incansável entre o Governo de Cabo Verde, nossos parceiros internacionais e todos os envolvidos do setor da saúde”, afirmou a ministra da Saúde, Filomena Gonçalves.

A responsável considerou que estas bombas são instrumentos de “grande valia” para prevenção e combate de mosquitos transmissores do paludismo e podem começar a funcionar dentro de uma semana, sendo distribuídas a nível nacional, no reforço ao trabalho de pulverização, sobretudo neste período antes das chuvas.

Por sua vez, Edith Pereira afirmou em nome da OMS em Cabo Verde, que as Nações Unidas têm vindo a acompanhar o país no percurso de luta contra o paludismo com o fortalecimento das capacidades do Programa Nacional de Controlo ao reforço da luta anti-vetorial, a implementação dos procedimentos padronizados e experiência técnica com consultores nacionais e internacionais.

O país tem um Programa Nacional de Luta Contra o paludismo e um plano estratégico, para reforçar o controlo vetorial (luta antilarvar, campanhas de pulverização, medidas e gestão ambiental) a vigilância epidemiológica (deteção, investigação e notificação obrigatória dos casos), assistência aos pacientes (diagnóstico e tratamento) e comunicação e mobilização social.

Segundo a OMS, em 2021 foram registados cerca de 247 milhões de novos casos de malária, em comparação com os 245 milhões em 2020, e 95% dos casos e 96% das mortes ocorreram na região africana.

De acordo com o último relatório mundial sobre a malária, publicado em dezembro de 2022, o paludismo matou cerca de 619.000 pessoas em 2021, em comparação com 625.000 em 2020.

A malária, uma doença curável, é transmitida entre humanos através da picada de um mosquito infetado, sendo uma das principais causas de morte a nível global.