ONU confirma 925 civis mortos e 1496 feridos

A invasão das tropas russas na Ucrânia já provocou pelo menos 925 mortos e 1496 feridos entre a população civil.

Segundo o balanço realizado pela ONU, a invasão russa da Ucrânia já provocou pelo menos 925 mortos e 1496 feridos entre a população civil, incluindo mais de 174 crianças. No seu relatório diário sobre vítimas civis confirmadas desde o início da guerra na Ucrânia, o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH) contabilizou 75 crianças mortas e 99 feridas.

Os dados referem-se ao período entre 24 de fevereiro, quando a Rússia invadiu a Ucrânia, e as 24:00 de domingo (hora local).

O Alto Comissariado da ONU acredita que os dados sobre as vítimas civis estão, contudo, muito aquém dos números reais, sobretudo nos territórios onde os ataques intensos não permitem recolher e confirmar a informação.

Esta situação verifica-se sobretudo em Mariupol e Volnovakha (região de Donetsk), Izium (região de Kharkiv), Sievierodonetsk e Rubizhne (região de Lugansk) e Trostianets (região de Sumy), onde há alegações de numerosas baixas civis.

O ACNUDH refere o relatório da Procuradoria-Geral da Ucrânia, segundo o qual, até esta segunda-feira às 8h00 (hora local), 115 crianças foram mortas e mais de 148 ficaram feridas.

Estes números estão a ser ainda corroborados, alerta a agência da ONU para os direitos humanos, e não estão incluídos por isso nas suas estatísticas.

“A maioria das baixas civis registadas foi causada pela utilização de armas explosivas de vasta área de impacto, incluindo bombardeamentos de artilharia pesada e sistemas de lançamento de mísseis, e ataques aéreos e de mísseis”, refere ainda a ACNUDH.

A guerra na Ucrânia também já provocou um número por determinar de baixas militares e levou à fuga de mais de 10 milhões de pessoas, entre as quais mais de 3,48 milhões saíram do território ucraniano e procuraram refúgio nos países vizinhos, indicam os mais recentes dados da ONU.

Segundo as Nações Unidas, cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.