Tropas de Vladimir Putin irromperam em território ucraniano em 2022, dando origem ao maior conflito na Europa no pós-2.ª Guerra Mundial.
Foi no dia 24 de fevereiro de 2022 que as tropas russas galgaram a fronteira ucraniana, invadindo ilegalmente o país vizinho. Já antes, em 2014, a Rússia tinha militarizado a Crimeia com o pretexto de defender as comunidades russófonas locais e garantir a sua autodeterminação, num processo que culminou com a anexação daquela península ucraniana – uma região com valor geoestratégico determinante para o acesso da armada russa ao Mar Negro.
Vladimir Putin referiu-se sempre à invasão como “operação militar especial”, justificando-a com a necessidade de desmilitarizar, desnazificar e garantir a neutralidade da Ucrânia, face ao aproximar das posições da NATO das fronteiras russas.
Porém, em 2022, o forte contingente militar russo mobilizado para a invasão – 150 mil soldados, milhares de unidades de artilharia pesada e material logístico – não foi capaz de fazer capitular Kiev.
Em quase dois anos de guerra, a resistência ucraniana tem surpreendido o Mundo e a própria Rússia – em muito devido à ajuda externa, sobretudo de países-membros da NATO, com os EUA à cabeça. Os ucranianos têm conseguido repelir a intenção de Vladimir Putin derrubar o governo liderado pelo Presidente Volodymyr Zelensky, um ex-ator que se afirmou como líder da resistência do seu país.
Atualmente, são poucas as nações que não condenam a invasão russa – China, Bielorrússia, Coreia do Norte ou Síria são algumas delas.
Desde o início até agora, a guerra na Ucrânia provocou baixas assinaláveis, na ordem das várias centenas de milhares de vítimas mortais, nas forças de ambos os lados e na população civil, além do êxodo de largos milhões de ucranianos.
Sem fim à vista, não se perspetiva que Vladimir Putin recue nos seus objetivos de conquistar Kiev, pois isso seria o assumir de uma fraqueza impensável para o líder do regime russo. Enquanto isso, a Ucrânia luta em várias frentes: no terreno, na diplomacia e pelo fornecimento de mais material militar por parte dos países seus aliados.