Rússia: Parte das manobras militares está a chegar ao fim

Rússia: Parte das manobras militares está a chegar ao fim
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Chanceler alemão garante que os aliados estão prontos para um diálogo sério com a Rússia.

O chanceler alemão reuniu-se hoje com o presidente ucraniano. No final do encontro, Olaf Scholz garantiu que ainda está aberta a porta do diálogo.

“Ainda vemos um grande potencial nas negociações no âmbito da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa como plataforma na qual todos os Estados interessados podem conversar entre si em igualdade de condições para resolver questões de segurança com base nos princípios estabelecidos da cooperação europeia. Aconselhamos a Rússia a fazer uso também das ofertas de diálogo existentes”, disse.

Sobre a possibilidade de um conflito armado, Scholz garantiu que a Alemanha sabe o que fazer, caso a Rússia decida invadir a Ucrânia, apontando para sanções abrangentes e eficazes em coordenação com os países aliados. Já o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, diz que abordou com Scholz a necessidade de estabelecer garantias específicas para proteger a Ucrânia.

“Entendemos que uma inclusão na NATO garantiria a nossa segurança e a nossa soberania territorial”, afirmou o presidente ucraniano.

Amanhã o chanceler alemão vai encontrar-se com Vladmir Putin em Moscovo.

Apesar da escalada da tensão, a Rússia garante que estão as terminar as manobras conjuntas militares na Bielorrússia. Entretanto, começaram a chegar à Lituânia, país membro da NATO, os primeiros reforços militares alemães, no âmbito da consolidação de tropas da Aliança Atlântica na Europa de Leste.

Há cada vez mais países, Portugal incluído, a aconselhar os cidadãos a sair da Ucrânia o mais rapidamente possível, há várias companhia aéreas que estão a suspender voos para a Ucrânia e algumas das maiores seguradoras internacionais deixaram de cobrir companhias que sobrevoem o espaço aéreo Ucraniano. A agência de segurança do tráfego aéreo da Ucrânia declarou o espaço aéreo sobre o Mar Negro como uma zona de perigo potencial e recomendou que os aviões evitassem voar sobre o mar de 14 a 19 de fevereiro.

Os países do G7 reuniram esta segunda-feira de manhã e ficou assente que estão prontos para agir rápida e decisivamente e apoiar a economia ucraniana em caso de invasão. Deixam ainda o repto de que qualquer agressão militar por parte de Moscovo será recebida com uma resposta coordenada, incluindo sanções económicas que terão consequências massivas e imediatas na economia russa. Reunidos em Berlim, os ministros da Alemanha, Reino Unido, Estados Unidos, França, Canadá, Itália e Japão disseram que a prioridade imediata é apoiar os esforços para desanuviar a tensão criada pela concentração de tropas russas nas fronteiras da Ucrânia.