Castelo Branco passa a integrar a Rede de Cidades Criativas da UNESCO

A cidade portuguesa passou a integrar esta rede na categoria artesanato e artes populares, com o bordado albicastrense, anunciou a Câmara Municipal.
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A cidade portuguesa passou a integrar esta rede na categoria artesanato e artes populares, com o bordado albicastrense, anunciou a Câmara Municipal.

“Estamos perante uma oportunidade única. Esta candidatura representa uma visão para o território ancorada naquilo que temos de mais genuíno e autêntico”, afirmou, o vice-presidente do município de Castelo Branco em nota enviada à Lusa.

Hélder Henriques foi o coordenador do processo de candidatura de Castelo Branco à integração na Rede de Cidades Criativas da UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) em 2022.

O autarca salientou que esta integração “é o elemento agregador de toda uma estratégia de desenvolvimento territorial que tem como objetivo de longo prazo dar resposta a desafios como a melhoria da qualidade de vida, o desenvolvimento de uma economia do conhecimento e de proximidade e a sustentabilidade demográfica”.

“A partir desta distinção e integração na Rede de Cidades Criativas da Unesco desenvolver-se-á, desejavelmente, um ecossistema criativo, centrado na diversidade, tecnologia, empenhado na sustentabilidade, na inclusão social e na regeneração urbana, bem como estimulará a atratividade de Castelo Branco do ponto de vista cultural e turístico numa rede global que é a das Cidades Criativas”, sintetizou.

Segundo a Câmara, trata-se do reconhecimento mundial da importância do Bordado de Castelo Branco, uma arte secular que é um dos símbolos da cidade e da região.

Os bordados são uma expressão da identidade cultural e da criatividade do povo albicastrense e a entrada de Castelo Branco na Rede de Cidades Criativas da UNESCO “é um importante passo” para a sua valorização e promoção.

“Esta distinção contribui para a divulgação da arte albicastrense a um público mais alargado e para um desenvolvimento sustentável”, lê-se na nota.

A Câmara Municipal sublinhou ainda que o reconhecimento da UNESCO ao integrar Castelo Branco na Rede de Cidades Criativas “não constitui, importa reconhecê-lo, o trabalho desta ou daquela pessoa. Representa um trabalho e uma estratégia que também vem de anteriores iniciativas, infraestruturas e atividades que permitiram reforçar e alcançar este objetivo”.

“Este não é um projeto da Câmara Municipal de Castelo Branco, este é um projeto do território, um projeto coletivo e transformador, a longo prazo, que permitirá a Castelo Branco ir ao encontro de novas oportunidades e novos sentidos tendo como desígnio maior os albicastrenses”, concluiu o município, em comunicado.

A autarquia deixou, entretanto, uma palavra de agradecimento ao presidente da Comissão de Honra, General António Ramalho Eanes, “pelo interesse evidenciado ao longo de todo o processo de candidatura”.

A Rede de Cidades Criativas da UNESCO é um projeto lançado em 2004, para promover a cooperação entre as cidades que reconhecem a criatividade como um fator importante no seu desenvolvimento urbano nos aspetos económicos, sociais, culturais e ambientais.