Chegaram últimos oito portugueses de Israel

Chegaram a Chipre portugueses que estavam em Israel

Voo transportou ainda 14 cidadãos estrangeiros.

O avião com 22 pessoas a bordo – oito portugueses e 14 estrangeiros – que abandonaram Israel devido ao conflito com o movimento islamita Hamas já está em Lisboa, anunciou hoje o Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE).

Na nota divulgada à comunicação social, o MNE referiu que a aeronave da Força Aérea Portuguesa proveniente do Chipre aterrou hoje de manhã, por volta das 07:30, no aeródromo de Figo Maduro, completando o repatriamento de todos os cidadãos portugueses que manifestaram às autoridades a vontade de voltar a Portugal.

“A missão de repatriamento teve ainda capacidade para responder ao apelo de vários parceiros internacionais, com o transporte de cerca de quatro dezenas estrangeiros, alguns dos quais ficaram em Larnaca para daí regressarem ao seu país de origem”, acrescentou o MNE, sublinhando que Portugal foi “dos primeiros países” a lançar um voo militar para repatriar cidadãos nacionais.

O repatriamento de cerca de 200 pessoas, entre cidadãos nacionais e estrangeiros, foi efetuado conjuntamente pelo MNE e pelo Ministério da Defesa Nacional, com um primeiro avião a ter chegado na quarta-feira de manhã a Lisboa com 152 portugueses e luso-israelitas do Chipre para Lisboa.

Em declarações aos jornalistas na quarta-feira, quando recebeu os portugueses, o ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, referiu que há quatro cidadãos portugueses desaparecidos.

Segundo Gomes Cravinho, há “ainda mais cerca de 2.000 portugueses” que estão nas listas consulares, “contudo esses, por enquanto, não manifestaram vontade de regressar a Portugal”.

O Hamas lançou no sábado um ataque surpresa contra o território israelita, sob o nome de operação “Tempestade al-Aqsa”, com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados por terra, mar e ar.

Em resposta ao ataque surpresa, Israel bombardeou a partir do ar várias instalações do Hamas na Faixa de Gaza, numa operação que batizou como “Espadas de Ferro”.

Durante a incursão em território israelita, o Hamas fez mais de uma centena de reféns, civis e militares, que levou para a Faixa de Gaza.

A resposta militar de Israel, que declarou guerra ao Hamas após o ataque, causou a morte de mais de 900 pessoas em Gaza, de acordo com os balanços mais recentes.

Do lado israelita, uma alta patente militar avançou que o número de mortos ultrapassou os mil.