Duas pessoas internadas em Leiria por suspeita de toxinfeção alimentar

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Único elemento comum às dezenas de casos foi a ingestão de broa.

Duas pessoas mantinham-se hoje internadas em Leiria por suspeitas de toxinfeção alimentar, apesar da “evolução favorável”, anunciou a Administração Regional de Saúde local, que especificou que o único elemento comum às dezenas de casos foi a ingestão de broa.

“No total e até ao momento, recorreram aos serviços hospitalares 14 doentes, 12 dos quais tiveram alta clínica, mantendo-se internados dois doentes, com evolução favorável”, pode ler-se no comunicado divulgado depois das 21:00 de hoje.

De acordo com a Administração Regional de Saúde do Centro (ARS-Centro), “a investigação prossegue, com vistorias aos locais de confeção, distribuição e venda dos alimentos suspeitos”, especificando, porém, que “o denominador alimentar comum a todos os doentes foi broa, sem prejuízo de virem a ser identificados outros alimentos suspeitos no decurso da investigação epidemiológica”.

A situação, que teve início na sexta-feira de manhã e foi comunicada no sábado à noite, levou a que tivesse sido iniciada uma investigação que “que compreendeu a aplicação de questionários de identificação de sintomas e de exposições suspeitas, nomeadamente consumo de alimentos em diferentes refeições familiares”.

Segundo o comunicado da ARS-Centro de sábado, no âmbito dessa investigação, que envolveu também a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), foram recolhidas “amostras de produtos alimentares suspeitos para investigação laboratorial” e foram “sequestrados da comercialização os produtos alimentares suspeitos que foi possível identificar e alertados os serviços clínicos para possível chegada de novos doentes”.

Segundo o mesmo texto, a sintomatologia observada “foi predominantemente neurológica, nomeadamente secura das mucosas da cavidade oral, dilatação pupilar, visão desfocada, tonturas, quadros de confusão mental e diminuição da força muscular”.

Registaram-se ainda 12 casos com sintomatologia ligeira que não recorreram aos serviços de saúde e “foram identificadas sete famílias afetadas”.