A PSP está no local com meios da Unidade Especial de Polícia.
A embaixada da Ucrânia em Lisboa recebeu hoje à tarde dois envelopes suspeitos, tendo chamado a PSP que está no local com meios da Unidade Especial de Polícia, disse à Lusa fonte policial.
A embaixada da Ucrânia em Lisboa confirmou à Lusa que chamou a Polícia de Segurança Pública depois de ter identificado “correspondência suspeita”.
Segundo a mesma fonte policial, o alerta foi dado cerca das 15:00 e pelas 17:00 ainda estavam no local equipas da Unidade Especial de Polícia, nomeadamente do Centro de Inativação de Engenhos Explosivos e Segurança Subsolo, para despiste dos envelopes suspeitos.
O trânsito na Avenida das Descobertas, onde se encontram várias embaixadas, está cortado e no local estão meios da PSP a garantir perímetro de segurança.
“Hoje recebemos a correspondência suspeita que outras missões [ucranianas] já haviam recebido na semana passada”, disse à Lusa fonte da embaixada ucraniana.
A mesma fonte não soube precisar o conteúdo dos volumes trazidos por um carteiro, uma vez que os mesmos levantaram imediatamente suspeitas e não chegaram a ser abertos, tendo sido logo alertada a polícia.
As “características suspeitas” da correspondência, que o atual protocolo de segurança da embaixada determina que não podem ser aceites, tinham a ver com “o formato e o remetente”, adiantou a fonte da Embaixada.
“O pessoal viu imediatamente que [a correspondência] era suspeita, alertou a polícia e o carteiro acabou por ficar retido” nas instalações da missão diplomática, onde ainda se encontram ainda agentes policiais “em grande número”, disse a mesma fonte.
Na sexta-feira, as autoridades portuguesas reforçaram a proteção da embaixada da Ucrânia em Lisboa e admitiam reapreciar o nível de ameaça em Portugal, após cartas armadilhadas terem sido recebidas por entidades em Espanha, anunciava o Sistema de Segurança Interna (SSI).
Em resposta a um pedido de esclarecimento da Lusa, na sequência da notícia da receção de pelo menos seis cartas armadilhadas em Espanha, o SSI confirmou que a Unidade de Coordenação Antiterrorismo (UCAT), que funciona no quadro do Sistema de Segurança Interna, “está a acompanhar atentamente a situação” e que se encontra em “estreita articulação com os seus parceiros espanhóis, europeus e internacionais”.