Esquartejou namorado por ciúmes

Esquartejou Namorado Por Ciumes
Noel Rojas Remedios Reprodução Facebook

Homicida da Lapa ficou em prisão preventiva.

Foi em contrarrelógio que a Polícia Judiciária trabalhou para chegar à identificação da vítima e do autor do crime, e em menos de uma semana conseguiu saber a quem pertencia a parte inferior do corpo que foi encontrado na madrugada de terça-feira junto a um contentor do lixo no bairro da Lapa, em Lisboa.

Na sexta-feira, quatro dias depois da descoberta macabra, as autoridades confirmaram que se tratava de Paulo Machado, um cidadão de nacionalidade brasileira, de 35 anos, assassinado pelo namorado, Noel Rojas Remedios, um espanhol de 48 anos. 

O casal tinha uma relação longa e residia em Portugal há vários anos. A vítima estava a fazer formação na área da saúde, já o homicida trabalha na área do imobiliário, e viviam a cerca de 50 metros do local onde os restos mortais foram depositados, na Rua Maestro António Taborda.

Segundo o detido confessou à PJ, e mais tarde assumiu também em tribunal, os dois tiveram um “desentendimento” horas antes do crime. 

O confronto chegou a ser ouvido por vizinhos, que não estranharam a discussão, uma vez que os conflitos eram comuns entre o casal, muitas vezes motivados por ciúmes. 

O homicida terá assassinado o companheiro à facada, e depois esquartejou o corpo em várias partes com uma segunda faca. Horas depois, depositou os restos mortais em vários sacos no lixo.

Um dos sacos, contendo os restos mortais da cintura para baixo, foi encontrado durante a madrugada por funcionários da recolha de resíduos, que deram o alerta para as autoridades.

Para a identificação do detido contribuíram as imagens de videovigilância de um alojamento que fica em frente ao caixote do lixo, mas também da loja onde comprou os sacos que terá utilizado para se desfazer do corpo. 

Quando chegaram à casa de Noel Remedios, depararam-se com sangue espalhado pelo local, o que indica que o crime terá ali acontecido.
Entretanto, a PJ confirmou que desistiu de procurar as restantes partes do corpo, como a cabeça, uma vez que acredita que terão sido levadas para um aterro.

Apesar de estar ainda numa fase preliminar da investigação, a polícia descarta para já a intervenção de terceiros no crime. 
Presente a primeiro interrogatório, o detido assumiu os factos e ficou em prisão preventiva.

Está indiciado por homicídio qualificado, profanação e ocultação de cadáver.