Greve na CP suprime 39 comboios até às 06:00

Trabalhadores da CP e da IP cumprem segundo dia de greve

Trabalhadores cumprem hoje paralisação de 24 horas.

A greve da CP levou hoje à supressão de 39 dos 71 comboios programados até às 06:00, a maior parte nos Urbanos de Lisboa e Porto e no serviço Regional, segundo a CP – Comboios de Portugal.

De acordo com a informação divulgada, entre as 00:00 e as 06:00, dos 31 comboios programados nos Urbanos de Lisboa foram suprimidos 17 (54,8%) e dos 16 programados nos Urbanos do Porto apenas se fizeram nove (43,8% de supressão). Nos Urbanos de Coimbra estavam previstas três ligações e apenas uma foi cumprida.

No serviço Regional, dos 19 previstos foram suprimidos 11 (57,9%).

O Longo Curso não circulou até às 06:00, tendo sido suprimidas as duas ligações previstas.

Vários sindicatos deram início na terça-feira (28 de março) a novas greves no setor ferroviário, que abrangem a Infraestruturas de Portugal (IP) e a CP até ao final do mês, incluindo um dia de 24 horas, que hoje se cumpre.

Segundo a CP, foram realizadas as 32 ligações previstas entre as 00:00 e as 06:00 nos serviços mínimos, 14 das quais nos Urbanos de Lisboa, nove nos Urbanos do Porto, uma nos Urbanos de Coimbra e oito no serviço regional.

Depois de vários dias em greve entre as 00:00 e as 02:00, os trabalhadores cumprem hoje uma paralisação de 24 horas. A partir de sexta-feira, e até 30 de abril, a greve na IP e na CP será a partir da oitava hora de serviço.

Além disso, até final do mês, “na CP, os trabalhadores cujo seu período normal de trabalho abranja mais de três horas durante o período compreendido entre as 00:00 e as 05:00, entrarão em greve a partir da sétima hora de serviço” e, entre 10 e 30 de abril, na IP, “os trabalhadores cujo seu período normal de trabalho abranja mais de três horas durante o período compreendido entre as 00:00 e as 05:00, entrarão em greve a partir da sétima hora de serviço”.

Estas greves foram decretada por uma plataforma de sindicatos composta pela ASCEF – Associação Sindical das Chefias Intermédias de Exploração Ferroviária; o SINFB – Sindicato Nacional dos Ferroviários Braçais e Afins; o SINFA – Sindicato Independente dos Trabalhadores Ferroviários, das Infraestruturas e Afins; o FENTECOP – Sindicato Nacional dos Transportes Comunicações e Obras Publicas; o SIOFA –  Sindicato Independente dos Operários Ferroviários e afins; a ASSIFECO – Associação Sindical Independente dos Ferroviários de Carreira Comercial e os STF – Serviços Técnicos Ferroviários.

Também o Sindicato Nacional dos Maquinistas dos Caminhos de Ferro Portugueses (SMAQ) anunciou uma nova greve na CP, durante todo o mês de abril, face à “atitude de desconsideração” de que acusa a empresa.

Entre as reivindicações dos trabalhadores estão “aumentos salariais efetivos”, a “valorização da carreira da tração” e a melhoria das condições de trabalho nas cabines de condução e instalações sociais e das condições de segurança nas linhas e parques de resguardo do material motor.

Ainda reclamada é uma “humanização das escalas de serviço, horas de refeição enquadradas e redução dos repousos fora da sede”, um “efetivo protocolo de acompanhamento psicológico aos maquinistas em caso de colhida de pessoas na via e acidentes” e o “reconhecimento e valorização das exigências profissionais e de formação dos maquinistas pelo novo quadro legislativo”.