Medidas de coação de Sócrates podem ser agravadas

MP pede a José Sócrates para explicar viagens não comunicadas ao tribunal
LUSA/ António Cotrim

Ministério Público pede agravamento das medidas de coação do ex primeiro-ministro, devido a viagens realizadas para fora de Portugal. 

O Ministério Público quer que as medidas de coação do antigo primeiro-ministro, José Socrates sejam agravadas. Esta segunda feira, o procurador responsável pela Operação Marquês pediu, através de um requerimento, à juíza responsável pelo caso para convocar José Sócrates para interrogatório. 

Esta circunstância ocorre depois da Interpol ter facultado informações sobre as viagens realizadas por Sócrates ao Brasil. Os arguidos do caso estão obrigados a comunicar saídas, que durem mais de cinco dias, da morada oficial. 

O advogado, Pedro Delille, do antigo primeiro-ministro defende que o Ministério Público não tem competência para pedir reavaliação da medida de coacção. 

Segundo o Pedro Delille, o ex primeiro-ministro encontra-se a fazer um doutoramento em São Paulo. 

José Sócrates foi acusado em 2017 de 31 crimes, nomeadamente de corrupção passiva, falsificação de documentos, branqueamento de capitais e fraude fiscal. No entanto, a 9 de abril de 2021 o juiz Ivo Rosa ilibou-o de 25 crimes.