Durante as últimas quatro semanas, Portugal apontou mais de 2.800 mortes do que seria esperado, muito graças à sobrelotação das urgências.
No espaço de quatro semanas, morreram mais de 2.800 pessoas do que o normal. A mortalidade acima da médica aconteceu entre a última semana de dezembro e as duas primeiras de janeiro.
A causa destas mortes estará no vírus da gripe, juntamente com a sobrelotação das urgências dos hospitais.
Dados divulgados esta quinta-feira, pelo Instituto Ricardo Jorge, apontam que entre 18 de dezembro e 14 de janeiro registou-se um nível elevado de mortalidade de 28%.
Portugal foi o país da União Europeia que registou os níveis mais elevados de mortalidade, segundo números do EuroMomo.
A Associação Nacional dos Médicos de Saúde Pública (ANSMP) considera que estes níveis se traduzem no excesso de lotação nas urgências, que pode ter comprometido a assistência às pessoas, contribuindo para níveis elevados de mortalidade.
O presidente da ANSMP relata que o país pode já ter ultrapassado o pico da gripe, sendo que a principal diferença em relação aos outros países é que a vaga da gripe atacou Portugal mais cedo.