Movimento ‘Fim ao Fóssil’ protesta no Ministério do Ambiente

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Protesto visa a implementação de políticas ambientais mais ‘verdes’, sobretudo por via da diminuição da dependência de combustíveis fósseis.

Estudantes membros do movimento ‘Fim ao Fóssil’ disseram num comunicado divulgado hoje estar a protestar no Ministério do Ambiente, exigindo que a ministra Maria da Graça Carvalho garanta o fim dos combustíveis fósseis até 2030.

“Os estudantes estão a fazer um protesto de ‘sit in‘ no átrio do edifício, sentados no chão e unidos por tubos metálicos. No exterior do ministério, dezenas de estudantes bloqueiam a entrada com os seus corpos”, precisa o comunicado cerca das 10 da manhã.

Contactada pela agência Lusa, fonte do Ministério do Ambiente confirmou que os jovens entraram esta manhã nas instalações do ministério e atiraram tinta à fachada.

A mesma fonte adiantou que a PSP acabou por retirar rapidamente os jovens do edifício e que não se registaram incidentes.

Também contactada pela Lusa, fonte da PSP adiantou que foram detidos 10 jovens, que já se encontram a aguardar interrogatório judicial.

Segundo a mesma fonte, os jovens ocuparam o edifício e colocaram cadeados nas portas.

Foram ainda identificados outros jovens e entre eles encontrava-se um menor de 15 anos, adiantou a PSP.

Segundo os ativistas, “o governo continua sem ter um plano para garantir o fim ao fóssil nos prazos da ciência” e o protesto visava entregar à ministra do Ambiente um plano que pode “garantir uma ‘transição justa’” naquele prazo.

“Se até agora nos têm ignorado, não temos escolha senão ir diretamente às instituições de poder, para que não nos possam ignorar. Não agir era consentir com a nossa condenação em nome do lucro”, diz Teresa Núncio, porta-voz do movimento, citada no comunicado.

O referido plano “demonstra como é possível reduzir as emissões nacionais de gases com efeito de estufa em 80-90%, criando 200 mil a 250 mil novos postos de trabalho” e já foi entregue “a vários ministérios, ministros e sedes de partidos”.