Lara foi esfaqueada pela irmã mais nova, que manteve o corpo escondido em casa durante vários dias.
Tirou a vida à irmã e enterrou-a num terreno baldio, localizado a escassos metros da casa onde viviam.
Durante um mês, a PJ procurou pelo paradeiro de Lara Silva Pereira, de 19 anos, em Peniche.
O crime terá ocorrido a 15 de agosto, altura em que a detida terá lavado o interior da casa para ocultar pistas e enterrado o corpo nas traseiras da residência.
Ao que tudo indica, a menor esteve três dias com o corpo da irmã no interior da casa até decidir enterrá-la.
A Polícia Judiciária iniciou diligências em Peniche, Caldas da Rainha e Grande Lisboa, no contexto do desaparecimento da vítima e acabou por encontrar um quadro de homicídio qualificado.
Na origem da discussão que acabou por se revelar fatal, estaria um telemóvel.
Quem conhecia a família, confirma que as discussões entre as duas irmãs eram diárias.
Vítima e irmã viviam com o pai e estavam sinalizadas pela Comissão de Proteção de Crianças e Jovens. O pai e a irmã terão dado conta do desaparecimento da vítima às autoridades e a detida terá mesmo dado informações detalhadas sobre o desaparecimento.
Beatriz Pereira foi ouvida na passada sexta-feira no Tribunal da Comarca de Leiria para o primeiro interrogatório judicial, tendo o juiz de instrução decidido que vai aguardar o desenrolar do processo em prisão preventiva.
A menor ficará presa no estabelecimento prisional de Tires, em Cascais, uma das três cadeias femininas do país.
Já o último adeus a Lara foi hoje. Dezenas de pessoas deslocaram-se até ao cemitério de Peniche para se despedirem da jovem de apenas 19 anos.