Proposto plano para substituir quartéis dos bombeiros voluntários de Lisboa

proposto plano para substituir quarteis dos bombeiros voluntarios de lisboa
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Os deputados municipais recomendam também a atualização de vários equipamentos em uso na capital portuguesa.

A Assembleia Municipal de Lisboa recomendou hoje à câmara a elaboração de um plano para substituir os quartéis das seis associações humanitárias de bombeiros voluntários (AHBV) da cidade, dando como possibilidade a construção de edifícios com características modelares.

A recomendação resulta de um relatório da 8.ª Comissão Permanente – Transportes, Mobilidade e Segurança da Assembleia Municipal de Lisboa, na sequência de visitas aos quartéis das seis AHBV do município, designadamente Ajuda, Beato e Penha de França, Cabo Ruivo, Campo de Ourique, Lisbonenses e Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Lisboa.

No plenário da assembleia, a recomendação, com 13 medidas, foi aprovada por unanimidade, designadamente PS, PSD, CDS-PP, PCP, BE, Iniciativa Liberal (IL), Chega, PEV, Livre, PAN, PPM, MPT, Aliança e dois deputados independentes do Cidadãos Por Lisboa (eleitos pela coligação PS/Livre).

Além de “um plano que possibilite, de forma faseada, a substituição dos quartéis das seis AHBV da cidade de Lisboa”, os deputados pedem à câmara municipal a concretização do plano de instalação e funcionamento de Equipas de Intervenção Permanente (EIP) nos seis Corpos de Bombeiros Voluntários (CBV) e a “aquisição, urgente, de cinco aparelhos respiratórios isolantes de circuito aberto (ARICA), para cada um dos seis CBV da cidade”.

Outra das recomendações é a elaboração de um plano de reequipamento de veículos operacionais dos CBV, com a aquisição, no imediato, de um Veículo Ligeiro de Combate a Incêndios (VLCI), para substituição do veículo com essas características oferecido pelo município em 1992, o que “iria permitir uma pronta e rápida primeira intervenção em caso de incêndios”, e, posteriormente, de um Veículo Tanque Tático Urbano (VTTU), considerando o reconhecido serviço no abastecimento de água nas operações de combate.

A assembleia sugere ainda a criação de um Regulamento Municipal de Apoio ao Voluntariado nos Bombeiros Voluntários da cidade de Lisboa, que permita que os elementos dos CBV que detém a qualidade de voluntários (e que residam no concelho de Lisboa), possam usufruir de um conjunto de benefícios a definir pelo município.

Entre as propostas está ainda a ideia de serem realizados estudos para a construção de um monumento ao ‘Bombeiro’ (Sapador e Voluntário) da cidade de Lisboa, bem como a hipótese de pagamento das despesas resultantes das inspeções obrigatórias, efetuadas pelo INEM, às ambulâncias dos CBV da cidade, e das despesas com a recolha de resíduos perigosos, pertinentes ao serviço de emergência pré-hospitalar realizado pelos CBV.

Os deputados propõem também que “quando estiverem reunidas as condições necessárias para que o Museu dos Bombeiros possa ser aberto ao público, que seja diligenciado junto das seis Associações de Bombeiros Voluntários da cidade de Lisboa, para que seja possível o estabelecimento de protocolos de apoio à preservação dos respetivos espólios museológicos, com vista ao seu tratamento e exposição no futuro Museu dos Bombeiros de Lisboa”.

De acordo com a assembleia, a câmara deve diligenciar junto do Ministério da Administração Interna para que seja equacionada uma alteração legislativa, que contemple uma alteração ao atual modelo de financiamento das Associações de Bombeiros Voluntários.