Rosa Grilo confessa que matou o marido

Rosa Grilo confessa que matou o marido
LUSA/ António Pedro Santos

Em tribunal, Rosa Grilo, confessou ter disparado dois tiros sobre o marido enquanto este dormia.

Tudo o que não assumiu no Tribunal de Loures, admitiu ao coletivo do tribunal de Vila Franca de Xira esta terça-feira.

Rosa Grilo regressou ao tribunal que a ouviu pela primeira vez quando foi detida juntamente com António Joaquim, na altura, o amante. Desta vez para ser ouvida num processo movido à parte do homicídio do triatleta. Em causa, a manipulação de provas imputada a Tânia Reis e a João de Sousa, advogada e perito contratados por Rosa Grilo, quando estava a ser julgada pelo homicídio do marido.

Agora, já condenada e a cumprir pena máxima pela morte de Luís Miguel Grilo, Rosa, de acordo com o jornal Público, assumiu ter mentido perante o tribunal durante praticamente todo o julgamento, tudo a mando da advogada Tânia Reis.

Rosa Grilo confessou e detalhou que matou o marido com dois tiros. Um atingiu a cabeça do triatleta e o outro terá ficado no colchão, enquanto Luís Miguel Grilo dormia profundamente depois de a mulher ter-lhe colocado vários calmantes na comida.

As confissões de Rosa Grilo não se ficaram por aqui. Revelou também como escondeu o corpo e como se desfez das munições, a pedido da ex-advogada.

No depoimento desta terça-feira, a viúva admitiu que sabia manusear uma arma de fogo, que foi ela quem roubou a arma da casa do amante e que até foi ela quem disparou contra uma almofada na banheira, o espaço no centro deste novo processo judicial.

Mas esta não foi a primeira vez que testou a arma uma vez que já o tinha feito na garagem da casa das Cachoeiras.

Rosa Grilo revelou ainda que se opôs várias vezes à estratégia de defesa de Tânia Reis, sem esclarecer se a entrada de João de Sousa no processo foi por sua própria vontade ou se por insistência da ex-advogada.

A sessão do julgamento terminou assim, com a ex-representante da homicida condenada e a chorar em tribunal.

Tânia Reis e João de Sousa estão a ser julgados por um crime de favorecimento pessoal.