Duarte Carvalho e Emanuel Oliveira são os No Maka, uma das dupla de DJ mais aplaudidas de Portugal. ‘Sem problemas’ em Kimbundu (língua falada em Angola) é o significado do nome da banda criada em Lisboa. Em 2018 compuseram a música ‘Faz Gostoso’ para Blaya, que posteriormente foi cantada por Madonna. A versão da ‘rainha’ da pop ficou mundialmente conhecida – com mais de 10 milhões de visualizações. A dupla lançou, recentemente, a música ‘Volta’ com a presença especial de Pedro Gonçalves.

Lançaram ‘Volta’ recentemente. Qual foi a vossa inspiração?
D.C.: Como o nome indica, foi um regresso aos lançamentos. Embora já tivéssemos as coisas alinhadas sobre o que iramos fazer, estivemos parados no ano de 2021. Adotámos uma estratégia um pouco diferente, portanto, já temos tudo planeado para os lançamentos que vão aparecer. É curioso, porque a data de lançamento de ‘Volta’ coincide com a data de lançamento da nossa primeira música com o Pedro Gonçalves, o ‘Like You’ – há 5 anos.

E.O.: Em 2017 fizemos o ‘Like You’ com o Pedro e agora voltámos a lançar este som incrível.

O que o Pedro traz a esta música?
D.C.: O Pedro traz tudo. Ele já tinha esta música escrita na sua linguagem e estava muito bonita. Quando ele nos mostrou, ficámos imediatamente rendidos e dissemos logo: “É isto! Temos de atacar esta música rapidamente.” E assim foi. Além de ser um ser humano incrível, o Pedro é supertalentoso e criativo. Vai estar sempre na nossa vida. Sempre que continuarmos a nossa carreira, ele vai estar connosco a fazer música sempre que quiser.

Que significado é que esta música tem para vocês enquanto No Maka?
E.O.: É basicamente um regresso à música. Foi ótimo para voltarmos a lançar novos sons.

D.C.: É uma música romântica mais virada para o género e linguagem da ‘Nota 100’ [música lançada em 2018]. Como estamos a ficar mais velhos, acho que começámos a gostar mais deste género mais calmo e cada vez mais pop. O nosso fio condutor começa a ter, cada vez mais, uma mensagem diferente. O ‘Volta’ reúne tudo isto.

Ao longo dos anos, a nossa identidade tem sofrido uma mutação constante, sem que nunca tenhamos perdido a nossa essência

Esta música tem uma letra inspiradora feita pelo Pedro. Também vos inspirou?
E.O.: Sim, completamente! Quando ouvimos a música pela primeira vez ficámos logo ‘agarrados’. A música já estava muito avançada – cerca de 40/50% realizada -, então, nós só demos o nosso toque final. Ficámos rendidos!

Esta música trouxe uma nova experiência: ouvir sons a 360 graus. É verdade?
D.C.: Na realidade é surround de cinema em dolby, mas para música. Aparentemente, é para onde o mercado está a virar. O mercado muda a uma velocidade alucinante e nós fomos introduzidos nesta novidade pelo Márcio Silva. Quando ouvimos isto em som imersivo [cerca de oito colunas, com grande envolvência sonora] percebemos que é uma dinâmica completamente diferente, porque o som começa a ‘aparecer’ de todo o lado. É uma experiência espetacular! Estamos muito felizes por sermos os segundos músicos em Portugal a fazer isto.