A personagem da atriz, Zerua, foi assassinada por Rezom após a identidade do verdadeiro pai de Jeroboão ser revelada.
A história de Zerua (Dani Moreno) terminou de forma trágica em ‘Reis – A Sucessão’. Depois de muitos mistérios em torno da israelita, que vivia há muitos anos no Egito, a verdade sobre a família dela foi revelada. O filho da personagem, Jeroboão (Vitor Novello), não é fruto da relação com Rezom (Nando Rodrigues), como todos pensavam.
Para se vingar, o mercenário sírio matou Zerua e Nebate (Jorge Mesquitta), o verdadeiro pai do jovem. Com isso, Dani Moreno teve a oportunidade de gravar pela primeira vez a morte de uma personagem.
“Gravámos antes do que eu achava que fôssemos filmar. Foi uma das primeiras cenas, e ela foi bem forte de fazer. Não houve o desenrolar da sequência, mas há ele [Rezom] a apanhar a Zerua. E o momento em que o Jeroboão encontra a mãe morta no chão foi bastante emocionante, tanto para quem estava nos bastidores quanto para nós. Foi a minha primeira [cena de] morte”.
A atriz também observa uma mudança no comportamento do sírio, que, até então, não assassinava mulheres:
“Foi contra os princípios do Rezom, porque mesmo ele sendo o mau carácter que é, foi uma surpresa. Ele não agredia mulheres até então, o discurso era esse. A personagem realmente estava com muito ódio de Zerua. É a primeira vítima mulher dele”.
Até chegar a esse ponto, a história da amiga de Nebset (Priscila Ubba) foi cheia de percalços. Dani conta que a israelita foi separada do seu grande amor, Nebate, ao fugir para o Egito. Já grávida e rejeitada pelo faraó, ela seduziu o mercenário, que acreditava ser o pai da criança.
“Passam-se mais de 20 anos com o Rezom a achar que aquele é o filho dele. De repente, o grande amor da vida dela volta, só que não porque a ama, mas porque quer benefícios por ser o pai de Jeroboão, que trabalha para o rei. Na verdade, a vida dela virou o filho, porque o amor não dá certo [risos]. Ela ainda tenta contornar a situação para que o Rezom não descubra, mas é inevitável”.
Dani enfrentou um desafio por causa da história complexa da personagem e a dubiedade dela, além da questão de as cenas serem gravadas fora de ordem na série.
“Eu queria passar para o público a mesma impressão que eu tive quando li [os textos] pela primeira vez. Ao ler os capítulos, perguntava-me: ‘Mas quem é esta mulher? Ela é boa, é má, o que está a acontecer?’. No desenrolar da história, realmente há um mistério muito grande em torno dela e do filho. Então, eu tinha de prestar atenção, porque queria que as pessoas não percebessem de cara quem é a Zerua, assim como eu não percebi ao ler o texto”.
Ela ainda explica que houve todo um trabalho de construção dessas relações que o público vê no ar.
“Fizemos leitura de texto para descobrir camadas, tom, forma de agir, para onde não ir [na atuação] … Para saber se o pai de Jeroboão, o Nebate, realmente amava Zerua mesmo. Existe todo um trabalho por trás do que se vê na emissão, que foi bem legal”, elogia.
Reis – segunda a sexta, 20:00 (hora Lisboa/Londres)
