Aeroporto: Alcochete e Vendas Novas são as duas soluções viáveis

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Não existiu “nem uma pressão” do Governo, garante coordenadora da Comissão Técnica Independente.

Alcochete e Vendas Novas são as duas opções identificadas pela comissão técnica independente como viáveis para um novo aeroporto, juntamente com Humberto Delgado até ser possível passar para infraestrutura única, foi hoje anunciado.

De acordo com o relatório preliminar da comissão técnica independente responsável pela avaliação ambiental estratégica para o aumento da capacidade aeroportuária da região de Lisboa, que estudou nove opções, são viáveis as soluções Humberto Delgado + Campo de Tiro de Alcochete, até ficar unicamente Alcochete com mínimo de duas pistas, bem como Humberto Delgado + Vendas Novas, até ficar unicamente Vendas Novas, também com um mínimo de duas pistas.

Não existiu “nem uma pressão” do Governo

A coordenadora da Comissão Técnica Independente (CTI), Rosário Partidário, afirmou hoje que existiram muitos ‘lobbys’, mas garantiu que não existiu pressão da parte do Governo sobre as opções estratégicas para o novo aeroporto.

Rosário Partidário falava na apresentação do relatório preliminar da análise e avaliação das opções estratégicas para ampliação da capacidade aeroportuária da região de Lisboa, no LNEC – Laboratório Nacional de Engenharia Civil.

“Tivemos muitas pressões, muitos ‘lobbys’ (…), mas com o Governo nem uma pressão e queria agradecer e deixar isso muito claro”, afirmou.

A coordenadora da CTI assinalou que “não houve qualquer contacto a não ser, obviamente, de natureza administrativa”, e foi com o chefe de gabinete do primeiro-ministro.

“Não houve qualquer contacto com o senhor primeiro-ministro”, disse, acrescentando que para a CTI tal “foi extraordinariamente importante”.

Já o presidente da Comissão de Acompanhamento, Carlos Mineiro Aires, disse não lhe passar “pela cabeça” que o relatório apresentado hoje pela CTI não venha a “servir para nada”.

“Não podemos adiar mais processos destes. Estamos a passar por um atraso por falta de planeamento”, disse.

Uma resolução do Conselho de Ministros aprovada no ano passado definiu a constituição de uma CTI para analisar cinco hipóteses para a solução aeroportuária de Lisboa, mas previa que pudessem ser acrescentadas outras opções, o que veio a acontecer.

O relatório hoje apresentado entrará depois em consulta pública durante 30 dias úteis, prazo findo o qual a CTI, após avaliar “a racionalidade, o mérito, a oportunidade e a pertinência técnica de cada um desses contributos, à luz dos fatores críticos para a decisão”, fará então o relatório final.

Com a elaboração deste relatório final ficará concluído o mandato da CTI.