Marcelo Rebelo de Sousa já aceitou a demissão do secretário de Estado da Defesa, constituído arguido no âmbito da operação “Tempestade Perfeita”.
Marco Capitão Ferreira, o secretário de Estado da Defesa Nacional que hoje apresentou a demissão do Governo, foi constituído arguido por suspeitas de corrupção e participação económica em negócio.
O Ministério da Defesa confirmou a realização de buscas do Ministério Público e da Polícia Judiciária nas instalações da Direção Geral de Recursos da Defesa Nacional no âmbito da Operação “Tempestade Perfeita”. Em causa estão averiguações a atos praticados entre 2018 e 2021”.
Em comunicado, o ministério liderado Helena Carreiras reafirmou “colaboração com as autoridades em tudo o que lhe for solicitado”.
Também a Polícia Judiciária emitiu um comunicado a dar conta da operação.
“A Polícia Judiciária, em investigação atribuída à Unidade Nacional de Combate à Corrupção, procedeu, no dia de hoje e na sequência da Operação ‘Tempestade Perfeita’, cujas primeiras buscas e detenções ocorreram em 06 de dezembro de 2022, à realização de nova operação policial visando a execução de dois mandados de busca”, explica a PJ em comunicado.
Esta sexta-feira, António Costa apresentou ao Presidente da República a proposta de exoneração do secretário de Estado da Defesa, a pedido do próprio. O pedido chega depois de uma notícia do Expresso que avança o secretário de Estado demissionário admitiu Miguel Fernandes, antigo administrador do Alfeite, para assessor da administração da holding da Defesa IDF – Portugal Defence, mas o gestor nunca foi visto a exercer funções naquele local.
Além desta questão, Marco Capitão Ferreira estava ainda a ser questionado por uma assessoria de 61 mil euros, prestada durante cinco dias, ao ministério de que era agora secretário de Estado.
Marcelo Rebelo de Sousa já aceitou o pedido de exoneração.
“Na sequência da proposta do primeiro-ministro, o Presidente da República aceitou a demissão do secretário de Estado da Defesa do XXIII Governo Constitucional, Marco Alexandre da Silva Capitão Costa Ferreira”, é possível ler numa nota divulgada no site oficial da Presidência da República.
