O pai de Jéssica pede um milhão de euros de indemnização pela morte da filha. As alegações finais do julgamento estão marcadas para a próxima quinta-feira.
Cristina, ou Tita como é conhecida, foi ouvida hoje no Tribunal de Setúbal e à semelhança do que aconteceu com a mãe de Jéssica, o discurso foi marcado pelas contradições e negações.
Tita alegou que pouco ou nada conhecia Inês, apenas por ser sua cliente das peças de vestuário que vende. No entanto, não soube explicar porque ficou com a filha de quem mal conhecia.
Na sala de audiências foi visto um vídeo em que Tita surge com a filha Esmeralda, onde as duas mulheres ameaçam e dizem que vão a casa de Inês. Tita justificou: “Não tem nada a ver com nada. Estava ao pé da minha filha. A gente ia lá para falar com ela, mas não era nada de mal.”, justificou.
Insistiu que ninguém da família fez nada de mal a Jéssica. Manteve a versão de que a criança caiu de uma cadeira, aleijou-se, esticou-se e enrolou a língua, mas garante que entregou a menina à mãe com vida e atirou a responsabilidade da morte para Inês.
Foram também ouvidos os dois profissionais de saúde que assistiram inicialmente Jéssica de três anos. A médica do INEM disse que a menina estava em coma e se não estivesse estaria num estado profunda de dor.
Dia também para o pai de Jéssica dizer em tribunal que exige uma indemnização de um milhão de euros. 800 mil euros pela morte da criança e 200 mil pelo desgosto.
As alegações finais do julgamento estão agendadas para o início da tarde da próxima quinta-feira.