César Ribeiro - Share Magazine - Opinião
César Ribeiro

Professor

Boa parte deste artigo é fruto dos tempos que vivemos. Admito que no atual momento existam poucas pessoas que não pensam em formas de gastar menos. Já não digo deixar de lado algum dinheiro, fazer grandes poupanças, ou coisa parecida, mas, pura e simplesmente, gastar menos do que habitualmente gasta. Às vezes, quem sabe, deixar de gastar ‘aquilo que não tem’ (se isto for possível).

Se é daquelas pessoas que não consegue deixar de gastar uns trocos, por pouco que seja, proponho-lhe um jogo simpático, que não obriga a ficar sem o cafezinho ou o bolinho, ou o chocolatinho, que habitualmente consome.

A sério, pode continuar a gastar como tem feito até agora. Vamos lá, começa hoje e dura 30 dias. Quem não conseguir resistir, pode deixar a meio, ou quando quiser. 1º Passo: Haja naturalmente (coma, vista, passeie, …) e mantenha os hábitos. 2º Passo: Aponte fielmente todas as despesas de valor inferior a 1 (um) euro que realizou, mas que poderia muito bem não ter realizado, ou seja, fez por hábito, não por real necessidade. 3º Passo: Some os valores apontados no final do 10.º dia. 4º Passo: Volte a somar os valores apontados no final do 20.º dia. 5º Passo: Volte a somar os valores apontados no final do 30.º dia. 6º Passo: No 31.º dia reserve 15 minutos para refletir sobre aquela lista de despesas de valor inferior a 1 (um) euro.

Aproveite, e pergunte para si mesmo sobre o que efetivamente ganhou (se é que ganhou) em ter permitido que aqueles euros saíssem da sua carteira.

É bem provável que venha a concluir que aquelas despesas poderiam muito bem ter sido evitadas. A soma no final do 30.º dia corresponde ao valor que deixou de estar na sua carteira. Infelizmente, já não há nada a fazer. Paciência. Não faz mal, afinal era apenas um jogo simpático.

Último passo: Não rasgue a folha onde apontou aquelas despesas. Coloque-a na sua carteira, junto às notas e moedas e outros meios de pagamento. Verá, nos dias seguintes, que o dinheiro desaparecerá, mas a lição que demorou 30 dias a escrever vai ficar, para sempre, ou até ser aprendida.